Transição energética

UE avança rumo a uma energia mais ‘limpa’ e competitiva, apontam estudos europeus

UE avança rumo a uma energia mais ‘limpa’ e competitiva, apontam estudos europeus iStock

A União Europeia (EU) está a avançar na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), no reforço da independência energética e na transição para fontes de energia renováveis, o que tem aumentado a competitividade e reduzido a dependência de combustíveis fósseis importados.

Estas são algumas das conclusões do Relatório sobre o Estado da União da Energia 2025 e do Relatório Intercalar sobre a Ação Climática, publicados esta quinta-feira, dia 6 de novembro, pela Comissão Europeia.

Os relatórios confirmaram ainda que a UE mantém-se no rumo certo para atingir a meta climática de 2030, registando em 2024 uma redução de 2,5% nas emissões de GEE face a 2023.

Destacaram também a forma como a UE tem respondido aos desafios internos e globais, sublinhando o papel essencial da energia limpa e acessível e os esforços contínuos de descarbonização para alcançar os objetivos de segurança, independência energética, competitividade e neutralidade climática.

Progressos rumo às metas climáticas e energéticas para 2030

De acordo com a avaliação da Comissão Europeia baseada nos planos nacionais de energia e clima e nas projeções mais recentes de emissões de GEE apresentadas pelos Estados-Membros, a UE continua a avançar para cumprir os seus objetivos de reduzir em pelo menos 55% as emissões líquidas de GEE até 2030, face aos níveis de 1990, e de atingir uma quota mínima de 42,5% de energias renováveis no seu mix energético.

Segundo a comunicação da Comissão, a maior parte da eletricidade gerada na UE já provém de fontes de energia limpas, embora o ritmo de progresso varie entre os Estados-Membros.

Em 2024, estima-se que tenham sido instalados cerca de 77 GW de nova capacidade renovável, elevando a quota de energias renováveis no mix elétrico da UE para 47%. O consumo final de energia também manteve a tendência de queda, registando uma redução de 3% face a 2022, sobretudo no setor residencial, seguido pela indústria e pelos serviços.

A comunicação também enfatizou que as emissões de GEE na Europa continuam a diminuir, com dados provisórios de 2024 a indicarem uma redução de 2,5% face a 2023.

No total, as emissões foram 37,2% inferiores às de 1990 (ou 39%, considerando apenas as emissões líquidas internas) enquanto o PIB aumentou 71%. Estes resultados demonstram que o crescimento económico europeu está cada vez mais dissociado das emissões.

Reduzir os preços da energia e reforçar a competitividade com fontes limpas

A implementação do Plano de Ação da UE para a Energia a Preços Acessíveis e do Pacto da Indústria Limpa está bem encaminhada e mantém-se essencial para aliviar os custos das indústrias e dos consumidores, tanto a curto como a longo prazo.

Ainda assim, os preços médios da energia na Europa continuam superiores aos de outros mercados internacionais e variam significativamente entre os Estados-Membros, o que afeta a competitividade industrial e o desempenho da economia europeia.

Segundo a comunicação, a Comissão Europeia está a intensificar os esforços para reduzir os preços da energia, com base num conjunto de sete ações prioritárias destinadas a proporcionar alívio rápido e duradouro às indústrias e aos consumidores. Esta é uma das principais prioridades da UE e dos Estados-Membros, enfatizou a Comissão.

Entre 2021 e 2023, os consumidores de eletricidade da UE pouparam 100 mil milhões de euros graças ao aumento da produção de energia solar fotovoltaica e eólica. Além disso, cada 1% de melhoria na eficiência energética representou uma redução de 2,6% nas importações de gás. Estes resultados reforçam a importância de aproveitar plenamente o potencial das energias renováveis e da eficiência energética para fortalecer a segurança.

 

 

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