Um grupo global de investigadores, liderada pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), afirma ter descoberto a maior razão para a degradação à luz solar das células solares de perovskita, causando problemas de eficiência. Em comunicado, a UCLA revela que a equipa, através de um ajuste simples no fabrico, conseguiu arranjar o problema.
O problema detetado foi o tratamento de superfície comum utilizado para remover defeitos de células solares, que envolve depositar uma camada de iões orgânicos que torna a superfície demasiado carregada negativamente. A equipa descobriu que, embora o tratamento se destine a melhorar a eficiência de conversão de energia durante o processo de fabricação das células solares perovskita, também cria involuntariamente uma superfície mais rica em eletrões.
Esta condição desestabiliza a organização dos átomos, e com o tempo, as células solares perovskita tornam-se cada vez menos eficientes, tornando-as pouco atrativas para a comercialização.
Para solucionar a questão, os investigadores emparelharam os iões carregados positivamente com os iões carregados negativamente para tratamentos de superfície. “A mudança permite que a superfície seja mais neutra em eletrões e estável, preservando ao mesmo tempo a integridade dos tratamentos de superfície de prevenção de defeitos”, nota a universidade.
As células conseguiram reter 87% do seu desempenho original por mais de duas mil horas. Para comparação, nas células solares fabricadas sem a correção o valor cai para 65%.