Que papel desempenha a Garland Logística dentro do Grupo Garland?
RSC – A Garland Logística é uma das empresas mais recentes do Grupo Garland, que já tem mais de dois séculos de existência em Portugal. Mas é também a empresa em que mais temos investido nos últimos tempos. É um operador logístico que se dedica a todas as atividades logísticas tradicionais, como armazenagem, preparação de encomendas, serviços de valor acrescentado, como etiquetagem, reembalamento, controlo de qualidade, personalizações, e distribuição nacional
Que balanço dos dois anos de atividade do Centro Logístico da Maia?
Este centro logístico representa um investimento de oito milhões de euros, num contexto económico tão adverso, representa sempre um risco significativo. Podemos dizer que o balanço é muito positivo, tendo em conta o sucesso verificado na sua comercialização e nas atividades que aqui desenvolvemos. A Garland tem como tradição de, ao longo da uma história de mais de dois séculos, apostar sempre decisivamente no seu crescimento, em momentos difíceis do país, para mais tarde poder colher os benefícios de estar melhor preparada para as oportunidades que surgem após a recuperação. O Centro Logístico da Maia teve um retorno muito rápido, pois ao fim do primeiro ano já tínhamos todos os 12.000m2 de área de armazenagem totalmente vendidos, a procura ultrapassou largamente a oferta disponível, permitindo que triplicássemos a nossa atividade logística no norte do país. Nesse sentido, podemos dizer que o risco compensou e estamos obviamente muito satisfeitos com a opção tomada.
Na altura da inauguração do Centro Logístico da Maia, falava-se que havia a necessidade a Norte de um centro logístico. Considera que ainda há essa necessidade?
Sem dúvida que sim, é uma aposta que continua sempre presente. Há necessidade de operadores logísticos com áreas de armazenagem grandes. Infelizmente não existem muitos recursos para o mercado de arrendamento. Daí termos feito este investimento.
Com que volume de negócios fecharam o ano de 2013?
O Grupo Garland faturou em 2013 cerca de 87 milhões de euros, tendo crescido cerca de 6% relativamente ao ano anterior. Este crescimento é significativo, tendo em conta o período de dificuldades que vive a economia nacional.
E especificamente a Garland Logística?
Em 2013 tivemos 52% da faturação na atividade de Logística e Transportes Internacionais, estando depois aproximadamente 38% concentrada na atividade de Navegação e 6% na Distribuição de Pneus, com 4% para as restantes atividades.
Quais os objetivos para este ano?
O nosso objetivo para 2014 é claramente posicionarmo-nos como um operador logístico de referência a nível nacional, oferecendo soluções de qualidade a custo competitivo, que ajudem as empresas nacionais a ultrapassar os tempos difíceis que estamos a viver.
Como avalia o mercado da logística em Portugal?
Sou muito otimista. A crise económica afeta negativamente a atividade dos nossos clientes, logo isso também nos afeta a nós. Acho que a crise obriga todas as empresas a representar a sua estratégia empresarial na procura de reduções de custos, maior flexibilidade e maior capacidade de resposta operacional.
É neste sentido que a procura por soluções de outsourcing logístico tem crescido exponencialmente, pelo que na sua globalidade, posso afirmar que me parece claro que o mercado da logística está a aumentar e portanto a beneficiar do momento de maiores dificuldades de outros setores económicos.
Quais as vantagens de optarem pelo outsourcing na área da logística?
É extremamente simples demonstrar que o outsourcing logístico é extremamente vantajoso para as empresas. Por um lado compensa largamente trocar os custos variáveis, que representa entregar a atividade a um operador logístico, pelos custos fixos de uma atividade interna, com recursos sempre necessariamente dimensionados para o máximo das suas atividades, que são a maior parte das vezes bastante sazonais. Adicionalmente ganha-se uma maior capacidade de resposta e uma maior flexibilidade nas operações, permitindo que as empresas se foquem no seu “core business” e assim aumentar a sua competitividade.
Leia a entrevista na íntegra na edição de março/abril da revista Logística & Transportes Hoje.