I Fórum Atlântico reforça importância do setor naval

O Projecto Aux – Navália, financiado pelo Programa de Cooperação Transnacional Espaço Atlântico e que visa o reforço da competitividade e da inovação no setor naval e, em especial, nas indústrias auxiliares, encontra-se alinhado com a Estratégia da União Europeia 2020, tendo em vista fomentar a inovação na indústria setorial e, em particular, na construção naval. Esta é uma das conclusões do I Fórum Atlântico, realizado no passado dia 23 de Maio, no Museu Marítimo de Ílhavo, com organização da Associação das Indústrias Navais.

Ainda do mesmo fórum fizeram os seus intervenientes saber que a aplicação conjugada dos instrumentos proporcionados pelo Projeto Aux-Navália, “permitirá estimular o aumento da Investigação, Desenvolvimento e Inovação na indústria auxiliar naval, bem como a transferência de tecnologia inovadora que favoreça um crescimento sustentável neste setor e, consequentemente, o aumento do emprego e coesão social e das exportações”.

Por outro lado ainda, a dimensão transnacional do Projeto “permitiu já e permitirá ainda aumentar as sinergias entre as empresas e os técnicos dos países integrantes, tendo em vista o aumento da competitividade da indústria, sua dimensão e capacidade, permitindo-lhes melhor se defenderem da conjuntura adversa em que nos encontramos”.

Ressalvou-se, no entanto, que apesar de todos pertencerem à Zona Euro e obedecerem a diretivas comuns, existem diferenças substanciais entre as políticas seguidas nos diferentes países, derivadas ou não de tais diretivas.

Assim, no que concerne a Portugal, “é forçoso proceder à revisão do enquadramento dos auxílios estatais à construção naval, tendo em conta que um país marítimo, como Portugal, não pode abdicar de uma indústria naval. Essa indústria é uma peça-chave para as demais indústrias do mar e, por essa razão, é uma peça-chave da Estratégia Nacional para o Mar, que Portugal quer desenvolver”.

Assim, defenderam que é “imperiosa a intervenção do Estado, em particular do Ministério da Economia e Inovação, como catalisador e facilitador, nas seguintes medidas políticas”:

· Facilitar o financiamento da indústria nas vertentes das garantias contratuais, financiamento estrutural e operacional, incentivos à inovação e melhoria da competitividade.

· Facilitar o acesso das empresas e em particular das PME aos incentivos do QREN, no que refere às exigências dos rácios financeiros, e que o setor seja considerado de interesse estratégico para a economia nacional, para que sejam permitidos apoios aos investimentos de modernização e reestruturação dos estaleiros, no âmbito das tipologias de investimento do SI Inovação.

· Aplicar com urgência, em Portugal, o regime comunitário de auxílios à inovação na construção naval, tal como vem sendo aplicado por outros estados-membros.

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