Ainda do mesmo fórum fizeram os seus intervenientes saber que a aplicação conjugada dos instrumentos proporcionados pelo Projeto Aux-Navália, “permitirá estimular o aumento da Investigação, Desenvolvimento e Inovação na indústria auxiliar naval, bem como a transferência de tecnologia inovadora que favoreça um crescimento sustentável neste setor e, consequentemente, o aumento do emprego e coesão social e das exportações”.
Por outro lado ainda, a dimensão transnacional do Projeto “permitiu já e permitirá ainda aumentar as sinergias entre as empresas e os técnicos dos países integrantes, tendo em vista o aumento da competitividade da indústria, sua dimensão e capacidade, permitindo-lhes melhor se defenderem da conjuntura adversa em que nos encontramos”.
Ressalvou-se, no entanto, que apesar de todos pertencerem à Zona Euro e obedecerem a diretivas comuns, existem diferenças substanciais entre as políticas seguidas nos diferentes países, derivadas ou não de tais diretivas.
Assim, no que concerne a Portugal, “é forçoso proceder à revisão do enquadramento dos auxílios estatais à construção naval, tendo em conta que um país marítimo, como Portugal, não pode abdicar de uma indústria naval. Essa indústria é uma peça-chave para as demais indústrias do mar e, por essa razão, é uma peça-chave da Estratégia Nacional para o Mar, que Portugal quer desenvolver”.
Assim, defenderam que é “imperiosa a intervenção do Estado, em particular do Ministério da Economia e Inovação, como catalisador e facilitador, nas seguintes medidas políticas”:
· Facilitar o financiamento da indústria nas vertentes das garantias contratuais, financiamento estrutural e operacional, incentivos à inovação e melhoria da competitividade.
· Facilitar o acesso das empresas e em particular das PME aos incentivos do QREN, no que refere às exigências dos rácios financeiros, e que o setor seja considerado de interesse estratégico para a economia nacional, para que sejam permitidos apoios aos investimentos de modernização e reestruturação dos estaleiros, no âmbito das tipologias de investimento do SI Inovação.
· Aplicar com urgência, em Portugal, o regime comunitário de auxílios à inovação na construção naval, tal como vem sendo aplicado por outros estados-membros.