O Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) concedeu ontem um prolongamento do prazo para a REFER e o LNEC concluírem os estudos de segurança da linha do Tua.
De acordo com informação divulgada pela agência Lusa, esta decisão afasta a ameaça de encerramento no Domingo de Páscoa do troço onde ocorreu o acidente que matou três pessoas há mais de um ano.
Segundo disse à Lusa o presidente do Metro de Mirandela, José Silvano, o IMTT comunicou que permite o prolongamento da marcha à vista – com velocidade reduzida – até 21 de Maio, no troço entre a Brunheda e a Estação do Tua.
O Instituto revoga assim, pela segunda vez, a Instrução Complementar de Segurança (ICS) que determinava a interdição da exploração deste troço a partir de 16 de Março. Esta ICS surgiu porque a REFER e o LNEC não entregaram até 15 de Março, data em que expirava a licença provisória de circulação, o relatório fundamentado com estudos e medidas de segurança.
A ordem do IMTT já tinha sido adiada por uma semana e expirava a 22 de Março, sábado, o que podia levar ao encerramento no dia de Páscoa do troço que liga à linha do Douro e ao litoral.
Passado mais de um ano do acidente de Fevereiro de 2007, a REFER, proprietária da infra-estrutura, e o LNEC responsável pelos estudos, não concluíram as intervenções exigidas.
O IMTT entendeu não haver condições para alterar a situação que vigora desde a reabertura a 27 de Janeiro. Deu contudo mais uma semana às duas entidades, que responderam ser insuficiente, alegando que «as análises de risco a fazer nalguns troços da linha são difíceis e demoram bastante tempo». Para além disso, alegaram ainda as duas entidades que necessitam de mais tempo, até 17 de Maio para estabelecerem a tabela de velocidades nos diferentes troço da linha.
O Metro de Mirandela discutiu o assunto em Assembleia-Geral e disponibilizou-se, junto com a CP, a continuar a operar no regime «mais penalizador», o da marcha à vista nestes dois meses.
A posição foi enviada ao IMTT que aceitou prolongar mais uma vez o prazo, evitando que se regressasse à situação que se prolongou por quase um ano, em que o comboio circulava entre Mirandela e a Brunheda, e ligação à estação do Tua era feita de táxi ao serviço da CP. O troço entre a Brunheda e a estação do Tua reabriu a 27 de Janeiro, quase um ano depois do acidente e de obras para reparar os danos causados pelo desabamento de pedras que arrastaram uma carruagem com cinco pessoas por uma ravina em direcção ao rio Tua.
No Ministério P&uacu