As empresas transitárias registaram uma faturação de 1 475 milhões de euros em 2015, um crescimento de 3,5 pontos percentuais face ao período homólogo. As conclusões são do estudo setorial ‘Empresas Transitárias’ da Informa D&B, que revela que este aumento é fruto da “evolução positiva do comércio externo português”, da “deslocalização produtiva” e da “crescente externalização das atividades logísticas por parte das empresas portuguesas”.
Segundo o estudo, “a melhoria gradual da economia e o aumento das trocas comerciais com o exterior têm repercussões positivas na atividade das empresas transitárias a curto e médio prazo. Assim, em 2016 e 2017 as previsões apontam para que a tendência de crescimento da procura se mantenha.”
A Informa D&B indica também que apesar da evolução favorável das receitas, “é expectável uma elevada atividade concorrencial, em consequência do forte poder de negociação dos clientes, fator que dificulta o aumento significativo da rentabilidade das empresas.”
No final de 2015, estavam inscritas no Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT IP) 345 empresas com licença administrativa para o exercício da atividade transitária em Portugal, mais 23 do que em 2013.
A distribuição geográfica das empresas com este tipo de atividade apresenta uma elevada concentração no Porto e em Lisboa, distritos que concentram 80% do total das empresas. Para além disso, a maioria dos operadores, cerca de 60%, tem menos de 10 trabalhadores, enquanto um terço emprega entre 11 e 50 trabalhadores.
Por fim, o estudo revela que a oferta deste setor continua a caracterizar-se pelo grande grau de atomização, embora nos últimos anos apresente uma tendência de concentração empresarial. Assim, a quota de mercado conjunta dos cinco principais operadores situou-se nos 21% em 2014, enquanto os dez principais detinham uma participação de 35%.