O Conselho de Ministros aprovou, recentemente, os diplomas que estabelecem as bases da concessão do novo Terminal Vasco da Gama e a ampliação do atual Terminal XXI.
As decisões tomadas têm como objetivo aumentar a capacidade no segmento da carga contentorizada do Porto de Sines assim como responder à procura existente, concretizando um dos pontos fundamentais da Estratégia para o Aumento da Competitividade da Rede de Portos Comerciais do Continente – Horizonte 2026, na qual a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, destacou como sendo “um momento importante para o sistema portuário nacional e para a economia nacional, afirmando os portos nacionais como uma referência num setor de atividade altamente competitivo a nível internacional”.
A expansão do Terminal XXI conta com um investimento global de 547 milhões de euros, totalmente privado, a concretizar pela concessionária, a PSA Sines, compreendendo não só a expansão do cais de acostagem e respetivos equipamentos de movimentação, mas também a manutenção, substituição e renovação de equipamentos já instalados nas fases anteriores, ao longo de toda a vida da concessão.
Esta expansão permitirá a ampliação da área de armazenagem dos atuais 42 hectares para 60 hectares, assim como ao aumento da capacidade dos atuais 2,3 Milhões de TEU (unidade padrão equivalente a 20 Pés), para 4,1 M TEU. Este investimento vai permitir ainda a atracação simultânea de quatro navios porta-contentores de última geração, assim como a criação de 900 postos de trabalho.
O novo terminal terá uma capacidade de movimentação anual de 3 milhões de TEU e um cais com 1.375 m de comprimento, com 3 posições de acostagem simultânea para os maiores navios do mundo. O Terminal Vasco da Gama terá uma área de terrapleno de 46 hectares, 15 pórticos de cais e fundos de -17,5 m ZH.
Estima-se que a construção do Terminal Vasco da Gama gere um impacto económico total de 524 milhões de euros, representando 0,28% do PIB e 0,33% do VAB português e crie cerca de 1.350 postos de trabalho diretos na fase de exploração.
A aprovação destes dois diplomas permite colocar o Porto de Sines como um dos principais portos de nível mundial e particularmente do “West Med”, em termos de oferta portuária no segmento da carga contentorizada, atingindo mais de 7 milhões TEU, garantindo capacidade para competir e atrair novas cargas e clientes, das cadeias logísticas globais, reforçando o posicionamento de Sines no contexto marítimo-portuário internacional.