Uma das linhas da estratégia de expansão da Sumol+Compal é aumentar o peso nos mercados externos. Quais os projetos em curso?
Atualmente estamos em 62 países, tendo particular expressão o mercado europeu e africano, sobretudo nos PALOP. Avaliamos a nossa entrada em Angola, para além de outras possibilidades.
Queremos desenvolver a nossa presença nos mercados internacionais, sobretudo nas áreas de nutrição e refrigerantes, pois as marcas Sumol e Compal são as que têm maior capacidade de desenvolvimento externo.
A nossa gama é constituída por referências distintas ou seja, uma parte destinada ao mercado nacional e outra no mercado internacional, por questões relacionadas com a embalagem, imagem e idiomas. Uma parte da gama é comum. O crescimento das áreas internacionais é atualmente suportado pelo fabrico em Portugal, já que neste momento não temos fábricas no exterior. Por isso tentamos garantir a maior integração ao nível de stocks e da gestão daquilo que é comum e, depois, especializarmo-nos numa logística de expedição diferenciada.
O reforço na internacionalização, não coloca em causa a aposta da empresa no crescimento das quotas das nossas marcas no mercado nacional, já que temos um espaço grande de crescimento nalgumas marcas.
Que consequências terá essa expansão internacional em termos da operação logística?
Variadíssimas. Temos de conduzir uma operação que tenha em consideração a adaptação da estrutura interna à expansão internacional. Mas as adaptações são sempre progressivas e as decisões têm de ser tomadas caso a caso.
No caso dos países em que vão ter presença física vão continuar a ter logística in-house, ou vão optar por externalizar?
Depende do tipo de país e do nível de desenvolvimento da logística nesse país. Parte dos produtos continuarão a ter origem em Portugal, pelo menos numa fase inicial, e a gestão das operações é uma componente demasiado importante para poder ser externalizada. Mas é razoável que, sobretudo nas primeiras fases de desenvolvimento, a operação seja trabalhada de forma mais externalizada.
Leia a entrevista na íntegra na edição papel de julho/agosto da LOGÍSTICA & TRANSPORTES HOJE.