Quais as expectativas que têm para este ano?
Neste ano de 2011, e apesar das contingências que se deparam para o País, a APLOG realiza o seu 14º Congresso em Lisboa. Prevendo as adversidades, a única hipótese que tínhamos era de propor aos Associados e aos restantes Congressistas, um Congresso com ‘valor acrescentado’, ou seja, com um Programa no qual quer os temas quer os oradores assegurem um nível de Excelência para o Congresso. As nossas expectativas que, agora são certezas, são que a Comunidade Logística correspondeu ao nosso desafio, e à nossa proposta, tendo neste momento já ultrapassado o número de inscritos do ano passado.
Dedicaram este congresso aos novos paradigmas logísticos. Quais os que identificaram e que consideram mais relevantes para o setor?
Do nosso ponto de vista importa refletir e debater conjuntamente com a Comunidade Logística Brasileira sobre os impactos diretos para o setor da logística provenientes de factos e situações perfeitamente identificadas à escala global e aceites pela Comunidade Internacional, tais como:
1. O alargamento do Canal do Panamá (previsto para 2014);
2. O incremento do Comércio Mundial (em 2020, cerca de 80% das mercadorias serão produzidas num país diferente daquele onde serão consumidas);
3. A mutação das geografias em termos de oferta e procura nas matérias-primas, nas fontes energéticas, na produção e no consumo;
4. Os fenómenos de concentração e centralização na produção e na distribuição;
5. A redução das emissões de CO2 com origem nos modos de transporte.
O Brasil surge como “país convidado” em diversos painéis. Qual o motivo desta escolha?
Consideramos uma escolha absolutamente natural pela relação institucional e cultural que temos com aquele imenso país que finalmente nos últimos anos apresentou um crescimento económico exponencial que o coloca numa posição impar no contexto internacional. Este crescimento económico ressente-se ainda duma significativa falta de infraestruturas de comunicação e transportes, bem como de um maior desenvolvimento da logística ao nível das médias e das pequenas empresas, aliás como em Portugal e em muitos outros países, o que por certo se irá inverter nos anos próximos sob pena de hipotecar a continuidade desse crescimento.
Qual o papel do setor da logística na resposta à crise económica que se faz sentir no nosso país?
Uma vez que reconhecidamente é pela logística que se conseguem introduzir nas empresas vantagens competitivas que se consubstanciam em situações de otimização, nos períodos de crise económica em que os fatores de competitividade são diariamente postos em causa, as empresas deveriam apostar ainda mais no desenvolvimento de boas práticas logísticas com o objetivo de mais facilmente superar as dificuldades que se lhes deparam pelo aumento dos fatores produtivos que não dominam.