Descarbonização

Governo aprova investimentos da REN e abre concurso para flexibilidade e armazenamento de energia na rede elétrica

Governo aprova investimentos da REN e abre concurso para flexibilidade e armazenamento de energia na rede elétrica iStock

O Ministério do Ambiente e Energia deu ‘luz verde’ a vários investimentos para o alargamento e desenvolvimento da Rede Nacional de Transporte (RNT) de energia, a cargo da REN – Redes Energéticas Nacionais e, através do Fundo Ambiental, lançou um concurso com um investimento de €99,75 milhões para promover a flexibilidade e o armazenamento de energia na rede elétrica nacional.

Quais os investimentos previstos pela REN?
O alargamento e desenvolvimento da RNT irá verificar-se em Sines, no Pisão, no Nordeste de Portugal e em Frades e Penela, tendo os seguintes investimentos sido aprovados:

– O Plano de Investimento Específico da REN, que visa a criação de capacidade de ligação à rede na Zona de Grande Procura (“ZGP”) de Sines;

– Os reforços da RNT para a injeção na rede da central fotovoltaica do Pisão, inserida no projeto de fins múltiplos do Crato previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR);

– O desenvolvimento da RNT no Nordeste de Portugal continental, para a integração de renováveis e o estabelecimento de novas infraestruturas de rede em muito alta tensão naquela zona de rede;

– E o reforço de transformação das subestações de Frades e de Penela, para a integração de renovável decorrentes do procedimento concorrencial para a atribuição de reserva de capacidade de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP), produzida a partir de tecnologia solar fotovoltaica flutuante.

A ministra Maria da Graça Carvalho destacou importância da decisão “para acelerar a transição energética, alcançar as nossas metas climáticas, atrair investimentos e criar emprego”. Além disso, considerou que estes investimentos representam “um sinal de incentivo que este Governo dá às empresas portuguesas e estrangeiras que queiram investir no país”.

“Ao aprovarmos estes investimentos, estamos a enviar um sinal claro de que Portugal é um país atrativo para os investimentos no setor da energia. Queremos incentivar as empresas, tanto nacionais como estrangeiras, a apostar no nosso país e a contribuir para a construção de um futuro mais sustentável”, sublinhou a Ministra do Ambiente e Energia.

O pretende trazer o concurso lançando pelo Governo?
A iniciativa, inserida no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), visa instalar pelo menos 500 MW de capacidade de armazenamento de energia na rede elétrica (tanto a nível de transporte, como da distribuição) até ao final de 2025.

Com projetos elegíveis para financiamento de até 30 milhões de euros, o concurso “surge em resposta à crescente necessidade de otimizar e gerir a rede elétrica de forma flexível, especialmente à luz da atual conjuntura geopolítica e os seus impactos no mercado energético”, explica a nota de imprensa do Executivo, adiantando que a capacidade atual de geração de energia em Portugal ronda os 22 GW, enquanto o consumo atingiu 10 GW em 2021.

Para a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, este concurso é “uma oportunidade única para empresas e instituições que desejam contribuir para um futuro energético mais sustentável e independente em Portugal, e, assim, fazerem parte da solução para os desafios energéticos atuais”.

E continua: “este é um passo significativo no caminho para a independência energética de Portugal e para a construção de um futuro energético mais verde e sustentável. O armazenamento de energia desempenha um papel crucial na modernização da nossa infraestrutura elétrica, permitindo uma gestão mais eficaz dos recursos e uma resposta mais ágil às flutuações na oferta e na procura, beneficiando assim a economia e o ambiente”.

“Com a crescente integração de fontes de energia renovável, como solar e eólica, é essencial dispor de soluções que garantam a flexibilidade e a estabilidade da rede elétrica”, concluiu Maria da Graça Carvalho.

As candidaturas podem ser submetidas no portal do Fundo Ambiental e o prazo para tal decorre até ao dia 2 de setembro.

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