Descarbonização

Emissões atmosféricas em queda

Emissões atmosféricas

O potencial de aquecimento global em Portugal, em 2018, caiu 4,5% face ao ano anterior, apesar do crescimento da atividade económica. As emissões de gases poluentes também baixaram. As conclusões foram divulgadas esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Ao contrário do que aconteceu em 2017, ano em que as emissões atmosféricas subiram mais do que a atividade económica, em 2018 a situação alterou-se. Segundo as Contas das Emissões Atmosféricas, reveladas esta quarta-feira pelo INE, os principais indicadores ambientais apresentaram decréscimos no ano em análise.

  • O potencial de aquecimento global recuou 4,5%, enquanto o potencial de acidificação diminuiu 2,4%;
  • O potencial de formação de ozono troposférico registou uma queda de 1,6%.
  • As emissões para a atmosfera de dióxido de carbono diminuíram 6%.
  • A atividade económica, medida pelo valor acrescentado bruto, cresceu 2,7%.

 

De acordo com a análise do INE, 2018 fechou com uma “situação de dissociação”, que acontece quando há uma “redução do impacto ambiental com o crescimento económico”.

No entanto, apesar da diminuição do potencial de aquecimento global, este ainda se encontra acima dos valores observados em 2013 e em 2014, que foram os mais baixos desde 2010, alerta o INE.

O ramo de atividade económica que mais contribuiu para o potencial de aquecimento global foi a energia, água e saneamento, com 32,2% do peso total. Esta é uma tendência que ocorre desde 1999. Ainda assim, face a 2017, a energia foi também o ramo de atividade que mais reduziu as emissões (-11,4%).

Ainda de acordo com os mesmos números, a intensidade carbónica da economia (emissões de gases necessárias para produzir bens e serviços) diminuiu 7,2% face a 2017. Essa descida de emissões de gases com efeito de estufa deveu-se principalmente ao ramo da energia, água e saneamento.

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