O volume de mercadorias movimentadas nos portos comerciais nacionais em 2015 foi “o mais elevado de sempre”, atingindo um valor de 83,9 milhões de toneladas. Os dados são da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e indicam que o porto que mais se destacou foi Sines, que apresentou um volume de movimentação de mercadorias correspondente a 49,2% do total.
Segundo a AMT, o volume de mercadorias movimentadas nos portos nacionais em 2015 foi 7,9% superior ao registado em 2014, o que representa um acréscimo de 6,16 milhões de toneladas.
“Esta variação global é explicada por comportamentos distintos registados quer a nível dos fluxos de tráfego, em termos de origem e destino das mercadorias, quer a nível da tipologia da forma de acondicionamento usado para efetuar o seu transporte, quer também em termos de atividade desenvolvida pelos vários portos do Continente, que integram o sistema portuário”, indica o relatório.
Em termos de fluxo de tráfego, verificou-se um aumento do volume das importações, em 12,5 pontos percentuais, e das exportações, em 6,5% pontos percentuais, e uma quebra do tráfego de cabotagem nacional de 7,9%.
No que diz respeito à forma de acondicionamento de mercadorias, o tráfego de Carga Geral Fracionada sofreu uma quebra de cerca de 2,2%, os Granéis Líquidos cresceram 13,2% e a carga Roll-On/Roll-Off, a Carga Contentorizada e os Granéis Sólidos aumentaram 51,3%, 6,7% e 4,1%, respetivamente, este último “por efeito do aumento de 18,5% na importação do carvão.”
Por outro lado, porto de Sines registou um acréscimo de 6,16 milhões de toneladas de mercadorias movimentadas, correspondente a 17,6% do que em 2014. Nos restantes portos verificaram-se acréscimos de 4,8% em Leixões, 3,9% em Aveiro e +1,1% em Faro, e decréscimos de 7% em Viana do Castelo, 2,2% em Lisboa e de 7,5% na Figueira da Foz e Setúbal.
“O porto Sines foi também o porto que registou um maior volume de movimentação de mercadorias com 49,2% do total, ganhando quatro pontos percentuais (comparativamente a 2014) aos restantes portos. Seguem-se os portos de Leixões, com 20,8%, e Lisboa, com 12,6%. Este comportamento é influenciado pelos segmentos de mercado constituídos pela importação de Petróleo Bruto, Carvão e Gás Natural (em Sines e Leixões) e importação de cereais (em Lisboa)”, revela a AMT.