O objetivo do estudo realizado pelas duas entidades era conhecer e identificar as interações que diariamente se geram no trânsito entre dois dos grupos mais representativos da mobilidade, o transporte pesado e os veículos ligeiros de passageiros.
De acordo com o estudo, as distâncias médias percorridas pelos condutores de veículos ligeiros de passageiros atingem os 15 000 km, face aos mais de 100 000 quilómetros realizados pelos profissionais do transporte.
Os dados revelam que 73% dos inquiridos na Península Ibérica afirmou que a relação entre o transporte profissional e os veículos ligeiros de passageiros, enquanto elementos que partilham as infraestruturas, é satisfatória, sendo essa perceção mais elevada no coletivo espanhol, com 76% de respostas positivas, comparativamente aos 70% de utilizadores portugueses.
No que se refere à convivência entre estes dois tipos de veículos e condutores, a RACE e a Scania quiseram consultar as ocorrências ou interações entre os mesmos. Nesse sentido, 30% dos motoristas de transportes profissionais reconhece ter tido um percalço, como a perda da banda de rodagem de um pneu do seu veículo, pelo menos uma vez.
Em termos gerais, os incidentes entre condutores de veículos ligeiros de passageiros e de camiões não são muito alarmantes, mas existem: a invasão da distância de segurança ou os choques traseiros devidos a travagens de emergência. As causas apontadas para estas ocorrências são a falta de sinalização durante as manobras (23,01%) e o não respeito da distância de segurança (46,31% dos casos).