O Grupo Maersk, o maior armador do mundo, anunciou esta terça-feira que irá abandonar as operações no Porto de Lisboa. A Associação dos Transitários de Portugal (APAT) já reagiu ao anúncio, que surge depois de mais um pré-aviso de greve dos estivadores, e diz-se “preocupada pelo futuro” do porto que “agora se arrisca a definhar até à sua extinção.”
“É preocupante o impacto que a saída dos grandes armadores do Porto de Lisboa, como a Maersk e a HAPAG LOYD, terá não só na economia local, mas na economia nacional e as repercussões negativas que essa saída trará às empresas cujo negócio depende diretamente deste porto”, defende a associação.
“Não nos podemos esquecer que o Porto de Lisboa representa uma peça fundamental na cadeia logística da zona centro sul do país, e que a sua extinção anunciada prejudicará a competitividade não só de produtores/carregadores, que dependem diretamente do Porto de Lisboa na distribuição dos seus bens/mercadorias, mas também dos seus parceiros diretos, que os auxiliam na movimentação das mercadorias para exportação, como é o exemplo dos transitários”, acrescenta.
A APAT considera também que o Porto de Lisboa se está a condenar a si mesmo e refere que “quando uma entidade perde a vontade de viver, talvez não faça de facto sentido mantê-la ligada à máquina”.
A associação termina reclamando a “definição de uma estratégia séria para o Porto de Lisboa por forma a que os todos aqueles que com ele trabalham diretamente saibam com o que podem contar no futuro.”