Transportes

Associações europeias de transporte rodoviário apelam para acordo pós Brexit

ANTRAM

A ANTRAM – Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias – e mais 32 associações empresariais europeias, sob a égide da IRU – World Road Transport Organisation, apelam aos negociadores da União Europeia e do Reino Unido para que cheguem a um acordo pós período de transição do Brexit, para o bem de todos os operadores económicos e da economia.

Numa carta aberta dirigida a Michel Barnier e a David Frost, coordenada pela IRU, os signatários da carta – sendo um deles a ANTRAM – apelaram a ambas as partes para chegarem a um acordo que proteja a circulação de veículos pesados de mercadorias entre a União Europeia e o Reino Unido, de forma a garantir que o trânsito entre e nos seus respetivos territórios aconteça sem introdução de autorizações especiais de circulação e o recurso a sistemas de quotas.

Um acordo de comércio livre entre as duas partes protegeria a cadeia de abastecimento e apoiaria as economias em toda a União Europeia, estimando-se que anualmente mais de 2,3 milhões de camiões viajam de e para o Reino Unido e a União Europeia.

“O transporte rodoviário de mercadorias sofreu um forte impacto durante a pandemia por covid-19, com uma perda anual de receita para as empresas do setor de âmbito internacional na ordem dos 64 mil milhões de euros”, adianta a ANTRAM em comunicado. “Caso não seja possível alcançar um acordo entre o Reino Unido e a União Europeia no final do ano, prejuízos adicionais, com uma dimensão gravíssima, serão esperados para as empresas, o que deveria ser evitado a todo o custo. Sem um acordo de livre comércio, os operadores europeus e do Reino Unido irão deparar-se com regimes nacionais diversos e fragmentados o que levará consequentemente, a um aumento de custos, tempos de viagem mais morosos e possíveis interrupções na cadeia de abastecimento“, conclui o comunicado conjunto das 32 associações.

A ANTRAM considera essencial que seja celebrado um acordo, que acautele os interesses de todas as partes envolvidas e que o mesmo seja norteado pela máxima transparência quanto aos termos da sua futura operacionalidade, de maneira a que as empresas do setor tenham tempo suficiente para se adaptarem à nova realidade, minimizando os potenciais efeitos adversos que qualquer mudança possa implicar.

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