O aumento, que deverá reflectir-se nas despesas dos armadores e outros operadores do sector, surge na sequência das novas taxas portuárias que entraram em vigor a 1 de Janeiro. Da mesma forma foi ainda decretada, recentemente, a aplicação de novas taxas de sanidade, a entrar em vigor durante este ano, e que deverão custar entre 400 e 500 euros por embarcação e escala.
O presidente da Agepor, António Belmar da Costa, critica as medidas através de uma carta que dirigiu ao primeiro-ministro e que o DE revelou: “a consequência directa destes aumentos, sem paralelo na factura portuária, passa pela procura por parte dos armadores de outros locais mais competitivos onde aportar, ou na impossibilidade de o fazer, de reflectir na integralidade os aumentos das taxas nas cargas”.
“Portugal passará a exportar mais caro, com a agravante ainda maior nas exportações com incorporação de matéria-prima importada”, explicou ainda o presidente. “Senhor primeiro-ministro, a continuar por este caminho, constata-se, com uma enorme desilusão, que a economia do mar e o sector marítimo-portuário, que pareciam ter finalmente despertado no país e nos governantes uma vocação e uma aposta estratégica para Portugal se ficou apenas por algum voluntarismo, ilustrado por palavras e frases bonitas”, rematou.