Governo tem urgência na venda da TAP

O Executivo pretende encontrar um parceiro estável para a TAP o mais rápido possível, já que a situação financeira da empresa é considerada «drástica», com perdas no valor de meio milhão de euros por dia.

 

O Executivo pretende encontrar um parceiro estável para a TAP o mais rápido possível, já que a situação financeira da empresa é considerada «drástica», com perdas no valor de meio milhão de euros por dia.

De acordo com o Diário Económico, a hipótese da Lufthansa comprar a companhia aérea portuguesa, durante muitos meses vista pelo Governo como a salvação para a empresa, deixou de ser equacionada.

Resta agora ao Executivo encontrar novas soluções, que podem passar pela venda da VEM e da Groundforce, as duas participadas que, segundo fonte ligada ao processo, estão a contaminar as contas da TAP.

Mas segundo o Diário Económico, este movimento de venda não será suficiente para solucionar a «débil situação em que a empresa se encontra», o que torna as opções do Governo cada vez mais «estreitas».

Perante tal cenário, o Governo já afirmou que o futuro accionista da TAP não terá que ser necessariamente do sector aéreo, «podendo actuar no sector financeiro ou configurar um veículo de investimentos controlado por várias sociedades».

Quanto à possibilidade, avançada esta semana pelo jornal “i”, do Governo vir a privatizar a empresa a 100%, Fernando Pinto, CEO da TAP, responde: «a ideia é seguir um projecto dentro do que o mercado permitir e dentro do que está previsto ser feito».

A privatização da TAP integra as medidas do PEC. No documento é referido que a mesma será feita «mediante a entrada de um parceiro estratégico que contribua para o reforço da competitividade da empresa e para o crescimento e desenvolvimento do seu modelo de negócio em condições de sustentabilidade».

Entretanto, a TAP continua com um problema de capitalização. A companhia aérea tem os capitais próprios em mais de 300 milhões de euros negativos. E uma vez que o Estado não pode injectar dinheiro na empresa, por imposição de Bruxelas, apenas a privatização poderá dar resposta às necessidades da empresa.

É de referir ainda que só no primeiro semestre deste ano, a TAP SGPS registou perdas de 79 milhões de euros, dos quais 37 milhões foram gerados pelo negócio da aviação.

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