Se já se antecipava uma desaceleração económica internacional, embora em muito menor escala, a pandemia de COVID-19 reforçou tendência. A Euler Hermes, acionista da COSEC, aponta para um aumento de 14% das insolvências em todo o mundo durante o ano de 2020 (16% na Europa Ocidental).
Apesar das intervenções dos governos para apoiar empresas (através de adiamentos de impostos, empréstimos, garantias estatais, etc.), que deverão ajudar a limitar os danos, o atual contexto de bloqueio da economia poderá levar à falência cerca de 7% das PME e midcaps da Zona Euro – cerca de 13 mil negócios. Neste âmbito, 10% do total de empresas em risco estão em França, perto de 9% na Alemanha, 8% na Bélgica, 6% em Espanha e 5% em Itália.
A Euler Hermes estima que as insolvências vão aumentar principalmente em Itália (+18%), Espanha (+17%) e Holanda (+21%). A Alemanha (+7%), a França (+8%) e a Bélgica (+8%) também deverão registar um aumento maior de insolvências do que o previsto antes da pandemia. Os setores que correm maior risco são a construção, o setor agroalimentar e o dos serviços.
Consequentemente, esta pausa na atividade económica coloca 65 milhões de empregos em risco ou a precisarem de apoio dos Governos. Contudo, uma vez que, embora seja acentuada, esta crise económica é de natureza temporária, os economistas apontam para que a taxa de desemprego na Zona Euro aumente apenas 1 ponto percentual, para pouco mais de 8%. Isto significa que poderá haver uma perda de até 1,5 milhões de postos de trabalho nos próximos 12 meses, particularmente os trabalhadores independentes ou com contratos temporários.