A Sogrape começou a reestruturar a sua logística há seis anos e afirma-se como uma empresa onde “a otimização de processos é um caminho em curso”, como salientou Paulo Manso Preto, diretor de logística. Foi traçado um projeto de supply chain, iniciada a integração logística de funções, e o alinhamento entre as pessoas e as funções. Progressivamente “ganhámos maturidade logística”.
Este ano, foi feita a fusão entre a logística nacional e internacional, numa ótica de racionalização de meios, e internacionalmente a empresa já começou a fazer picking. A Sogrape tem vindo a elevar o planeamento para extrair mais eficiência dos seus fornecedores e, consciente da necessidade dos modelos colaborativos, mostra-se flexível e adaptável face às necessidades dos clientes. Como afirmou Paulo Preto, “é essencial a introdução de novos produtos e a realização de campanhas para competir com distribuidores que cada vez mais apostam nas marcas de distribuidor. Sobretudo agora, que o contexto externo mudou, criando instabilidade na cadeia logística”.
O transporte internacional é maioritariamente feito por via marítima, entre 60 a 70% do total, inclusive para países europeus, como a Alemanha.
No caso da Thales Portugal, que apenas tem stock em Portugal e exporta 70% dos seus produtos para a União Europeia, a maior dificuldade logística é a capacidade de planeamento. Como explicou Jorge Bolotinha, responsável pela logística internacional da Thales Portugal, “somos subcontratados pelos donos da obra e estamos muito dependentes do planeamento local e de muitos fatos externos, nomeadamente quando trabalhamos em países como a Arábia Saudita ou a Índia, e temos de enfrentar as especificidades aduaneiras e logísticas de cada país. Para além das dificuldades inerentes à exportação, nomeadamente com a morosidade das alfândegas”.
Para facilitar a colaboração entre a empresa e os seus clientes, a empresa tem em cada país para o qual exporta um gestor de produto, que faz a ligação com o cliente e procura minimizar os problemas e gerir a logística local. Ainda assim, a dificuldade de planeamento traduz-se, por exemplo, no recurso ao transporte aéreo em 80% dos casos, ao invés do marítimo, porque a empresa não pode correr o risco de não ter os produtos no destino a tempo.
Ambas as empresas recorrem a operadores logísticos, mas com contratos de curta duração.