Luís Mira Amaral foi o convidado deste ano para fazer o enquadramento macroeconómico. O dirigente da confederação empresarial CIP com o pelouro da energia mostrou-se preocupado com a atual situação política de Portugal e com a eventualidade de um governo de esquerda. Na sua opinião é preciso dar continuidade aos avanços alcançados no setor do transporte público de passageiros, avançar com a privatização da TAP e continuar a reforma da administração local. Temas inconciliáveis com uma agenda política de esquerda. “Temos de ter um governo estável e credível que estabilize os agentes económicos e atraia os investidores”, disse.
Elogiou o “mérito enorme” das empresas exportadoras portuguesas e criticou o governo por não ter “feito o trabalho de casa” reduzindo o peso do Estado na economia.
A CIP defende a necessidade de uma nova política industrial centrada na competitividade das empresas que assegure o crescimento sustentado das exportações. “A política industrial em Portugal para o século XXI proposta pela CIP ambiciona gerar capacidade competitiva que permita às empresas conjugar a “maritimidade” e a continentalidade do território como um todo, de forma que cada cluster/fábrica do futuro tenha uma conetividade eficiente com o mundo”.