18º Congresso APLOG

Os desafios logísticos do agroalimentar

A parte da tarde do primeiro dia do 18º Congresso da Logística começou com o tema da logística agroalimentar. Lactogal, Vitacress, Sovena e Grupo Riberalves abordaram os principais desafios logísticos deste setor.

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José Raimundo, diretor de logística da Lactogal, explicou que o desafio do grupo Lactogal passa pela receção e transformação dos produtos recebidos nas suas instalações. “Estamos a falar de produtos com 14 a 150 dias de validade”, indicou.

E acrescentou: “Tudo o que é a transformação do produto, com a qualidade, quantidade e na hora certa, é feito com um planeamento entre todas as áreas. O nosso objetivo é o consumidor. O serviço ao cliente, a otimização das capacidades fabris, a garantia de validade de produtos e a minimização de desperdícios”.

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Por sua vez, Mónica Lourenço, da Vitacress, apresentou a empresa e focou-se na informação sobre a exportação dos produtos produzidos, transformados, embalados e expedidos pela empresa.

Em termos de expedição nacional são 1300 os camiões que entregam o produto em mais de 100 pontos de entrega. A nível internacional e sendo a Inglaterra o principal país a rececionar, a expedição de produto é feita também para Espanha, Holanda, Polónia e Escadinávia, entre outros, num total de 3500 toneladas por ano.

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Teresa Abecassis, Chief Operations Officer da Sovena, indicou que a empresa é líder de mercado nos Estados Unidos com o fornecimento para a Marca da Distribuição (MDD) do retalhista Wallmart, e líder em Espanha pelo acordo de MDD para a Mercadona.

Indicou que o negócio da Sovena tem muito a ver com a questão logística, exemplificando que o cliente Wallmart não tem que obrigatoriamente ser fornecido pelas fábricas da Sovena nos Estados Unidos, podendo ficar mais barato embalar em Espanha e enviar para a Califórnia em navio, “dependendo, do preço dos contentores marítimos”.

A última apresentação esteve a cargo de Steve Inácio, diretor de logística do Grupo Riberalves. Para além de explicar as áreas de negócio do grupo para além do bacalhau, cafés e vinhos, indicou a aposta na exportação (36%) do bacalhau, o core business do grupo.

E indicou números explicando que o lead time do pode ir de 2 dias, para Espanha, a 50 dias, se for entregue na Ásia. Sendo que o bacalhau é um produto com um tempo de processamento de 90 a 360 dias.

“Compramos cerca de 32 mil toneladas. 413 semi reboques, 30 mil paletes. Podemos comprar bacalhau fresco, em cura, ou em estado congelado com o processamento a ser feito nas nossas fábricas. Isso leva a que exista um grande planeamento da chegada da matéria-prima, uma vez que 50% é recebida entre o fim do 1º trimestre e do 2º trimestre”, concluiu.

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