A mobilidade suave é um tema que cada vez mais debate gera na sociedade portuguesa. A falta de estacionamento para trotinetes e as falhas na implementação da Estratégia Nacional para a Mobilidade em Bicicleta foram alguns dos tópicos em que alertas foram dados recentemente.
A aplicação de mobilidade Bolt revelou que mais de metade dos portugueses (67%) que vivem em Lisboa, Porto e Vila Nova de Gaia, apoiam a substituição dos lugares de estacionamento dos automóveis por áreas de estacionamento para a micromobilidade.
Segundo o estudo europeu promovido pela plataforma e conduzido pelo Instituto Francês de Opinião Pública, 26% dos portugueses nota já mesmo uma melhoria nos hábitos de estacionamento nas cidades ao longo dos últimos dois anos.
As causas para o pobre estacionamento das trotinetes foram também abordadas neste inquérito: a falta de conhecimento dos utilizadores é o principal ponto destacado, seguido da falta de clareza das regras de estacionamento e, em terceiro lugar, a falta de infraestruturas dedicadas para a arrumação destes veículos na via pública.
Já em relação à implementação da Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Ciclável (ENMAC) 2020-2030, o Parlamento português recomendou ao Governo que reforce a equipa de coordenação e aumente substancialmente os meios financeiros alocados.
O diploma foi votado em reunião plenária no dia 19 de maio, sendo aprovado com os votos favoráveis do PS, PSD, PCP, BE, PAN e Livre – representando, juntos, mais de 90% dos assentos parlamentares – e a abstenção da IL e Chega.
A ENMAC, composta por 51 medidas e publicada em 2019, tem por objetivo que a utilização da bicicleta como modo de transporte em Portugal convirja com a média do resto da Europa. Até 2030, 10% das deslocações nas cidades portuguesas deverão ser feitas em bicicleta. No entanto, segundo a MUBI, Portugal vai falhar as metas intercalares para 2025.