O movimento “menos um carro” comemorou o seu primeiro aniversário com a entrada de novos parceiros. A Câmara Municipal de Lisboa, a Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres e a Siemens aderiram ao movimento lançado pela Carris para promover a mobilidade sustentável, através da utilização do transporte público e dos modos suaves na cidade de Lisboa.
Na cerimónia, que decorreu na sede da Carris, Faustino Gomes, da TIS – Transportes, Inovação e Sistemas, a consultora que também aderiu ao “menos um carro” reconheceu que «o desafio é muito exigente e vamos ter que lutar muito para retirar muitos carros de Lisboa, mas vale a pena até porque o sistema de transportes actual tem folga para acomodar mais utilizadores. Não implica reforço da oferta nem mais custos».
Deixou ainda sugestões para aumentar a mobilidade em Lisboa, «andar a pé e usar os transportes públicos em alguns dias, usar o comércio de proximidade em conjunto com as soluções de compras online para as compras do mês e considerar os custos da mobilidade na escolha das casas ou dos escritórios, são gestos que contribuem para menos um carro».
O engenheiro da consultora lembrou ainda que «o custo de prover estacionamento para os carros não é desprezável, um lugar de estacionamento na via pública, só em custos de construção, são cerca de 300 euros. Por lugar!», acrescentando que «com menos um carro podemos poupar 560 euros por ano, tomando valores médios de consumo, transferindo 8 mil kms/ano, dos 15 mil Kms que fazemos por ano, para os transportes públicos».
Para o presidente da Carris, José Manuel Silva Rodrigues, a entrada de novos parceiros é muito importante porque «é necessário ter a noção que todos trabalhamos para um objectivo comum, a mobilidade sustentável. A Câmara Municipal de Lisboa e as autoridades de transportes são stakeholders fundamentais na mobilidade. Não basta que qualquer operador actue isolado, é preciso uma perspectiva integrada, porque os problemas são os mesmos. Não é possível ganhar clientes para os transportes públicos se os operadores não tiverem qualidade no dia-a-dia».