Com o crescimento do setor de transporte de carga marítima a efetivar-se durante os últimos anos, um estudo da Organização Marítima Internacional (IMO) diz que as emissões de carbono da indústria naval, entre 2012 e 2018, aumentaram mais de 9%. Neste sentido, esta organização quer reduzir as emissões de carbono em 40% até 2030 e 70% até 2050, em comparação com os valores de 2008.
Assim, a Noruega, através da Teco 2030, em parceria com a austríaca AVL, está empenhada em apostar na produção de células de combustível a hidrogénio, numa tecnologia desenhada para navios de grandes dimensões e que terá num centro da produção em massa de fuel cells, no norte do país, o seu ponto alto.
Segundo o noticiado, a Teco pretenderá, desta forma, produzir novas células de hidrogénio verde com uma capacidade de produção de 1,2 GWh por unidade, mas recorrendo a grupos de três módulos, o que permitirá fornecer 1,2 MW (cerca de 1.632 cv), o equivalente a um motor a gasóleo, mas, desta feita, sem efeitos poluentes.
CEO da TECO 2030, Tore Enger, disse: “O desenvolvimento da célula de combustível marinho da TECO 2030 está a acontecer de acordo com o planeado e foi testado com resultados notáveis. Agora estamos a avançar para a próxima fase, juntamente com nosso parceiro austríaco AVL. Aqui, desenvolveremos as células para o mais alto padrão marítimo e para uso dedicado a bordo de um navio.”
“O hidrogênio será essencial para apoiar a descarbonização e a redução de emissões da indústria marítima. A célula a combustível de hidrogênio é hoje a forma mais eficiente de armazenar energia como combustível sintético e de produzir energia elétrica. A TECO 2030 oferece um sistema modular de célula de combustível projetado especificamente para aplicações marítimas pesadas”, anuncia a empresa em comunicado publicado no seu site.