Segundo fonte oficial do Ministério das Obras Públicas, citada pelo jornal Diário Económico, 2.100 milhões de euros é o valor previsto para a bilheteira do troço de alta velocidade entre o Poceirão e o Caia, ao longo dos 40 anos previstos para a duração da concessão, ganha pelo consórcio Elos, liderado pela Soares da Costa e pela Brisa.
O cálculo deste valor é feito com base em valores de 2008 e deverá ser abatido aos custos previstos para a construção e operação do TGV entre o Poceirão e o Caia.
Em resposta a uma notícia avançada pela TVI que sugeria que a construção do TGV neste troço teria um custo de 2,7 milhões (repartidos entre o Estado e a Refer), e não os 1,300 milhões de euros inicialmente programados, fonte oficial do Ministério das Obras Públicas, esclareceu ao Diário Económico, que aos 1.359 milhões de euros de construção anunciados aquando da assinatura do contrato terão de se juntar «todos os custos ao longo da vida de 40 anos da infra-estrutura, incluindo a construção, manutenção, financiamento e exploração das estações», além das «grandes reparações» do troço.
A mesma fonte acrescentou que estes valores sempre foram divulgados e que inclusive, «na sessão de assinatura do contrato de concessão, a 8 de Maio de 2010, foram apresentados todos os encargos: os pagamentos na fase de construção e os pagamentos durante a vida da infra-estrutura».
Ressalva ainda este responsável que os 1.359 milhões de euros contratados na realidade, representaram uma redução de custos de cerca de 40% face aos 2.260 milhões de euros previstos em Dezembro de 2005, aquando do início deste processo.