Transportes

Viaturas autónomas poderão reduzir para metade as mortes na estrada, diz estudo

carro sem condutor

Os veículos autónomos permitirão reduzir a sinistralidade rodoviária. Pelo menos é o que diz o mais recente estudo do Observador Cetelem, que indica que o Homem é, atualmente, o responsável por cerca de 90% dos acidentes que ocorrem nas estradas.

Como refere o estudo, “num mundo de veículos totalmente autónomos, deixarão de existir condutores com comportamentos de risco: condutores alcoolizados, sonolentos ou distraídos.” A Volvo é uma das empresas empenhadas na redução das mortes na estrada e fixou como objetivo a redução do número de mortes a zero nos seus veículos até 2020. Esta meta é apoiada pela Google, que acredita ser possível reduzir para metade as morte nas estradas graças às viaturas autónomas.

“Num futuro mais ou menos distante, poderemos certamente falar em ‘sinistralidade zero’, mas antes de alcançarmos esse feito, as viaturas autónomas terão de coexistir com a condução humana. Haverá uma fase de transição que não estará isenta de riscos, dado que o veículo totalmente autónomo terá dificuldades em prever comportamentos por vezes aleatórios, e muitas vezes potencialmente perigosos, dos automobilistas”, refere Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.

No passado mês de fevereiro, o Google Car foi responsável por um acidente rodoviário, “precisamente por não conseguir antecipar os comportamentos imprevisíveis do condutor de um autocarro”, conta o Observador Cetelem.

“Por agora, e até a viatura autónoma ser uma realidade, os automobilistas podem contar com a ajuda das novas tecnologias para garantirem uma maior segurança. Cada vez mais, o condutor está sob vigilância apertada e as novas gerações de automóveis vão permitir que este receba permanentemente informações sobre o seu comportamento de condução e, mais precisamente, sobre os riscos das suas ações. O abuso do álcool, o consumo de estupefacientes, a sonolência: os novos automóveis vão alertar o condutor sobre o seu estado antes de ir para a estrada, e mesmo bloquear o veículo em caso de comportamento inadequado”, acrescenta o estudo.

O estudo procurou perceber junto dos automobilistas que critérios uma viatura deve satisfazer de forma prioritária e os resultados revelam que para os portugueses a prioridade é a segurança das pessoas e dos veículos (78%).

Para além disso, os portugueses consideram importante a criação de um sistema de manutenção preventiva que permita avisar o condutor em caso de avaria ou de problemas iminentes (95%) e de um sistema de deteção de peões, ciclistas e outros obstáculos na estada (92%).

A isso soma-se a necessidade de receber informações de auxílio à manutenção do veículo (83%) e de um sistema de controlo do estado de saúde do condutor e transmissão destes dados para infraestruturas médicas em caso de urgência (82%).

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