Através de documentos a que o jornal SOL teve acesso, é possível conhecer a posição da CP Carga, que afirma ter-se comprometido a “desenvolver, junto do Acionista e da Tutela, todos os esforços no sentido de ser concedido um regime de exceção” nos cortes salariais, através de um acordo assinado na semana passada com o SMAQ. Esta posição foi alegadamente tomada à revelia da CP e Governo numa altura em que a Tutela havia imposto cortes salariais nas empresas públicas entre 3,5 e 10% do vencimento.
Uma fonte da CP, ouvida pelo SOL, explicou que “o motivo da substituição foi a quebra da relação de solidariedade” entre administração da CP e da CP Carga.
No acordo feito com a SMAQ lê-se que a “exploração ferroviária de mercadorias tem particularidades intrínsecas pela necessária adequação da oferta à procura, que torna incompatível e absolutamente inadequada a aplicação das regras da contratação do trabalho público referidas”. “A aplicação deste regime reduziria a capacidade de oferta permanente da empresa entre os 25% e os 30%”, justificam as partes envolvidas no acordo.