A Austrália excluiu as florestas nativas de serem elegíveis como fonte de energia renovável para atingir as metas das energias renováveis. De acordo com o The Guardian, a decisão reverte a lei australiana de 2025 que permitiu que a biomassa florestal fosse contabilizada.
A decisão foi saudada pela Quercus e a Environmental Paper Network, rede que a Quercus integra. No entender da organização ambiental, a exclusão aumenta a pressão sobre a Europa para excluir a biomassa florestal da Diretiva de Energia Renovável.
“A Europa não pode mais reivindicar a liderança global na transição de energia renovável enquanto uma proporção tão grande da sua chamada energia renovável tem origem na queima das florestas. Agora, a União Europeia (UE) tem um exemplo mundial de reforma política genuína que mostra o caminho. A biomassa florestal não é renovável e seu uso para energia em larga escala não deve ser subsidiado”, declarou a coordenadora da Environmental Paper Network, Peg Putt, citada em comunicado.
A rede considera que “a Europa se tem aproveitado de uma anomalia na contabilidade de carbono que dá uma sensação exagerada de redução de emissões, simplesmente porque as grandes emissões de gases com efeito de estufa resultantes da queima de madeira não aparecem nas contas de carbono do setor de energia, enquanto as emissões de combustíveis fósseis sim”.
A posição surge num momento em que a revisão da diretiva RED II está em processo de deliberação do trílogo da EU (Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho da União Europeia) e que vai continuar no próximo ano.