Descarbonização

Produção de eletricidade fóssil diminuiu quase um terço face a 2023

Produção de eletricidade fóssil diminuiu quase um terço face a 2023 iStock

O Boletim Eletricidade Renovável, elaborado pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), revelou que, no primeiro semestre do ano, a produção de eletricidade fóssil diminuiu quase um terço comparativamente a 2023.

De acordo com o comunicado de imprensa, esta descida é justificada, principalmente, por uma queda na produção energética a partir de gás natural, que foi reduzida em 26,1 p.p. no mês de junho, passando de 879 GWh em junho de 2023 para apenas 24 GWh em junho de 2024.

A APREN sublinhou que estes resultados positivos “evidenciam o compromisso do setor com a transição energética e o seu impacto na diminuição dos efeitos das alterações climáticas”.

O Boletim indicou ainda que, entre os dias 1 e 30 de junho de 2024, a incorporação de energia renovável atingiu 83,4%, perfazendo 2.262 GWh dos 2.771 GWh produzidos no mês. Este valor representa uma diminuição de 15,7% em relação a junho de 2023.

Segundo a nota de imprensa, a energia hídrica foi a principal fonte de produção energética durante o mês de junho, representando 41,7% da energia consumida em Portugal e tendo registado 1.665 horas não consecutivas. Já outras formas de energia renovável foram responsáveis por quase um quarto (24,4%) da produção no mesmo período, com 1.164 horas.

“No acumulado dos meses de janeiro a junho de 2024, verificou-se uma descida acentuada da produção de eletricidade fóssil, especialmente de gás natural, que passou a representar quase um terço do registado no ano passado. Este desempenho notável reflete o avanço contínuo do país rumo à sustentabilidade energética” destacou Pedro Amaral Jorge, presidente da APREN.

A comunicação frisa que de 1 a 30 de junho, Portugal fixou-se na quarta posição de entre os países considerados com maior incorporação renovável na Europa, tendo alcançado o valor de 83,4%, ficando atrás da Noruega, Áustria e Dinamarca, que obtiveram 98,9%, 84,5% e 83,7% respetivamente.

Em relação ao preço médio horário, nos primeiros seis meses do ano, o preço médio horário registado no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) em Portugal foi de 39,3 €/MWh, o que representa uma redução de 56,2% face ao período homólogo do ano passado.

A comunicação adianta ainda que, durante este período, foram registadas 1 620 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal Continental, com um preço horário médio no MIBEL de 33,9 €/MWh.

 

 

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