A Agência de Energia do Porto – AdEPorto tem vindo a promover a transição energética e a sustentabilidade ambiental no Norte de Portugal, especialmente na Área Metropolitana do Porto, através de projetos de Autoconsumo Coletivo (ACC) e Comunidades de Energia Renovável.
De acordo com o comunicado de imprensa, a aposta nestas iniciativas tem demonstrado “um impacto significativo” na descarbonização dos territórios, na redução dos custos com a energia elétrica e no combate à pobreza energética, ao mesmo tempo, têm também promovido a produção descentralizada de energia renovável.
A nota de imprensa refere ainda que, no âmbito destes projetos, estão a ser implementadas soluções que transformam a forma como a energia elétrica é produzida, partilhada e consumida, alinhando-se com os objetivos de descarbonização e autonomia energética da região.
Neste contexto, a AdEPorto destaca o projeto de Autoconsumo Coletivo de Agra do Amial, no Porto, que se encontra em funcionamento desde maio de 2024, e que envolve uma escola e um bairro de habitação social com 180 habitações.
Segundo o comunicado, este ACC permite que a produção gerada por painéis fotovoltaicos instalados em oito blocos habitacionais possa ser distribuída equitativamente pelas famílias que aderirem ao projeto e, assim, reduzir o seu consumo de energia elétrica proveniente da rede. Cerca de 50% da energia consumida mensalmente pelos membros atuais foi coberta pela produção renovável da Comunidade, sendo que alguns membros chegaram a reduzir a sua dependência da rede em 70%.
Outro dos projetos em destaque é o Autoconsumo Coletivo em Bairros de Habitação Social nos Municípios, com a comunicação a explicar que estão a ser implementados novos projetos em nove bairros de habitação social da AMP-ND, Matosinhos, Maia e Póvoa de Varzim, envolvendo 705 habitações. Estes projetos promovem a produção local de energia renovável e permitem o acesso a energia elétrica a preços mais acessíveis, beneficiando diretamente as famílias em situação de vulnerabilidade.
A iniciativa integra mais de 100 Unidades de Produção Fotovoltaica (UPACs), com uma potência total instalada superior a 670 kWp, estando prevista uma produção anual de energia renovável que ultrapassa os 900 MWh, contribuindo para a redução de 236 toneladas de emissões de CO₂ por ano.
Além disso, em colaboração com os municípios, a AdEPorto avança que tem também impulsionado a implementação de projetos de Autoconsumo Coletivo em instalações municipais. Atualmente, com mais de 2 MW instalados e em funcionamento.
Neste sentido, está previsto o aumento do número de projetos de Autoconsumo Coletivo em instalações municipais e respetivos impactos, nomeadamente através do programa Norte 2030, que irá promover a instalação de 9MW na região Norte.
Paralelamente, a AdEPorto tem investido na dinamização de ações de literacia energética, envolvendo os residentes em práticas de consumo mais sustentáveis e conscientes.
De acordo com o comunicado de imprensa, a AdEPorto oferece um acompanhamento integrado ao longo de todas as fases dos projetos de Autoconsumo Coletivo e Comunidades de Energia Renovável, destacando-se a realização de estudos detalhados de potencial solar e modelação financeira, garantindo a viabilidade técnica e económica das iniciativas.
A par disso, a Agência também assegura a transparência e a eficiência nos processos de contratação de serviços e equipamentos, ao preparar toda a documentação necessária para os procedimentos concursais.
Além disso, a AdEPorto apoia ainda na criação e dinamização de Energy Hubs, que funcionam como balcões únicos de serviços integrados (One-Stop-Shop) para apoiar a implementação de medidas de eficiência energética.
“Os projetos desenvolvidos pela AdEPorto estão a criar um impacto profundo nos territórios onde são implementados, impulsionando a descarbonização através da redução das emissões de gases com efeito de estufa, enquanto promovem a produção descentralizada de energia renovável e reforçam a autonomia energética, diminuindo a dependência das redes públicas”, lê-se na nota de imprensa.