Agricultura

Desflorestação da Amazónia pode ser reduzida em metade com compromissos empresariais

Desflorestação da Amazónia pode ser reduzida em metade com compromissos empresariais

Um estudo promovido pela Universidade de Cambridge revelou que os compromissos de desflorestação zero dos principais matadouros mundiais reduziram 15% da desflorestação amazónica promovida pela pecuária, entre 2010 e 2018. A área é equivalente a 4,5 vezes o tamanho de Londres (sete mil quilómetros quadrados).

A investigação aponta que, se estas políticas estivessem totalmente implementadas e adotadas por todas as empresas pecuárias que operam na Amazónia, seriam poupados 24 mil quilómetros quadrados de floresta (uma área superior ao País de Gales), diminuindo em metade a desflorestação no Brasil motivada pela pecuária.

As empresas têm cada vez mais evitado importar carne do Brasil devido ao risco de desflorestação. No entanto, os investigadores, consideram que não é a melhor abordagem.

“Podemos ajudar o clima ao comer menos carne em geral. Mas quando se trata de desflorestação, a solução não é evitar a carne bovina de países específicos – porque então perdemos o nosso poder de fazer a diferença nesses lugares”, explica a investigadora Rachael Garrett, citada em comunicado.

Os investigadores traçaram as ligações entre regiões agrícolas, matadouros e empresas com compromissos de desflorestação zero no setor pecuário da Amazónia no Brasil, para ver como essas ligações influenciaram a desflorestação.

 

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