Biodiversidade

Nova SBE desenvolve programa de restauro e conservação da floresta de mangais em Moçambique

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O projeto de cariz ambiental e social MozambES dinamiza a conservação e restauro da floresta de mangal em Moçambique, tendo já recuperado cerca de 18 hectares de floresta ao envolver mais de 200 habitantes locais na província de Sofala.

O projeto, desenvolvido pelo Nova SBE Environmental Economics Knowledge Center em parceria com a Nova IMS, a Universidade Eduardo Mondlane e o Comité de Gestão dos Recursos Naturais de Nhangau, promove o envolvimento ativo dos residentes locais e, através de compensações financeiras, incentiva ao restauro e à conservação ambiental.

De acordo com o comunicado de imprensa, as comunidades locais – organizadas em grupos de poupança e crédito rotativo que apoiam economicamente os habitantes locais através da facilitação de créditos, educação financeira e desenvolvimento de capacidades empreendedoras – encontram-se já em plena atividade na comunidade de Nhangau, próxima da cidade de Beira, distribuídas por 10 grupos de poupança e crédito.

Através de pequenos apoios financeiros, os participantes no programa têm o dever de replantar uma área pré-designada da floresta devastada, assegurando também a sua boa manutenção.

A monitorização de todo o projeto é assegurada pelo Comité de Gestão dos Recursos Naturais de Nhangau em colaboração com o Prof. Alberto Charrua (investigador responsável pela implementação do programa e professor na Universidade de Licungo na Beira).

O projeto está já no seu terceiro ano de implementação, tendo o programa de restauro tido início em fevereiro deste ano e conseguido obter uma elevada taxa de sobrevivência das plantas reintroduzidas.

Direitos Reservados

“As florestas de mangal são ecossistemas tropicais únicos que trazem inúmeros benefícios às populações locais e à sociedade em geral: possuem uma elevada capacidade de sequestro de carbono, servem como importantes zonas de berçário para diversas espécies de peixe e marisco, têm um valor cultural significativo e protegem as áreas costeiras dos impactos de eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes na região central de Moçambique”, explica a nota de imprensa.

Além disso, têm uma grande importância na mitigação e adaptação às alterações climáticas, enfrentando atualmente inúmeras ameaças globais devido à expansão urbana e às atividades de exploração extrativa. A comunicação salienta ainda que desempenham um papel crucial no apoio às atividades económicas das comunidades locais.

Desta forma, o projeto MozambES pretende contribuir para a gestão mais sustentável dos recursos naturais locais, sendo através da quantificação dos diferentes valores providenciados por este ecossistema e dos resultados obtidos do programa piloto de conservação que iniciativa pretende informar futuras políticas de conservação e restauro destas florestas.

 

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