Um conjunto de sete empresas de tratamento de resíduos especiais criaram a associação CÍRCULO – Associação pela Circularidade de Resíduos Especiais, com o objetivo de resolver os problemas do setor, que tem os objetivos europeus em risco de incumprimento.
As empresas explicam que os resíduos especiais são resíduos diferentes dos resíduos urbanos e industriais não perigosos. “É mais eficiente e benéfico para o ambiente e para a saúde pública que os resíduos especiais sejam recolhidos, valorizados ou tratados num circuito separado da grande maioria dos outros resíduos”, notam.
A organização tem como missão promover a gestão adequada e sustentável dos resíduos especiais, com foco na circularidade e no reforço da cadeia de valor. As primeiras ações a desenvolver pela CÍRCULO serão direcionadas para:
- a sua divulgação, principalmente junto das empresas que se relacionem, direta e indiretamente, com o tratamento de resíduos especiais;
- assegurar o correto tratamento dos resíduos especiais, em particular os poluentes orgânicos persistentes (POP’s);
- fomentar a reciclagem e regeneração dos resíduos especiais;
- promover a continuidade do modelo CIRVER, assegurando uma rigorosa segregação dos resíduos perigosos;
- suscitar a discussão em torno da Lei do Solo, a sua correta classificação e a elaboração do Atlas da Qualidade do Solo.
As empresas fundadoras são: INTERECYCLING – Sociedade de Reciclagem; EGEO – Tecnologia e Ambiente; ECODEAL – Gestão Integral de Resíduos Industriais; AVE – Gestão Ambiental e Valorização Energética; ECO-OIL – Tratamento de Águas Contaminadas; CORREIA & CORREIA – Gestão de Resíduos; CARMONA – Sociedade de Limpeza e Tratamento de Combustíveis.
Portugal está em risco de não cumprir diretivas europeias, estando muito abaixo da média da EU na gestão de resíduos, não tendo cumprido a meta estipulada de reciclar 50% dos resíduos urbanos até 2020. De acordo com um relatório do Eurostat, Portugal é o quarto país da União com pior taxa de circularidade (média europeia: 11,7% e Portugal: 2,5%).