A Sonae Arauco anunciou que vai instalar a primeira linha de reciclagem de painéis de fibras do mundo, em Mangualde, no distrito de Viseu, com início previsto para o segundo trimestre de 2025.
De acordo com o comunicado de imprensa, além do compromisso com a sustentabilidade, o projeto reforça ainda a sua posição na vanguarda da tecnologia de reciclagem no setor industrial.
A nova linha, cujo desenvolvimento está a cargo do grupo tecnológico internacional ANDRITZ, vai transformar painéis MDF em fim de vida em matéria-prima para a produção de novos painéis de fibra, “algo que até aqui não era possível”, reforça a Sonae Arauco, que avança ser a primeira linha de reciclagem do mundo de painéis de fibra à escala industrial.
Segundo Rui Correia, CEO da Sonae Arauco: “este passo é de grande importância não só para nós, mas para toda a indústria de painéis derivados de madeira. A reciclagem é um tema estratégico para a nossa empresa e temos estado a trabalhar, desde há muito tempo, para podermos anunciar este avanço tecnológico. Estamos verdadeiramente empenhados no nosso modelo de bioeconomia circular e na utilização de madeira em cascata, e a integração de madeira reciclada no nosso portefólio de MDF é uma evolução muito importante para este objetivo”.
A Sonae Arauco avança que a nova linha de reciclagem de painéis de fibras baseia-se no tratamento contínuo com vapor, e dispõe de um sistema de descarga específico – ANDRITZ Steam-Ex, que permite o processamento contínuo das fibras recicladas com alta eficiência e reduzido consumo de vapor.
Em 2023, a Sonae Arauco processou mais de 725 mil toneladas de madeira reciclada, sendo a reciclagem de madeira a base do seu modelo de negócio de bioeconomia circular.
“Neste âmbito, a empresa assegura atualmente uma integração de madeira reciclada superior a 70% nas suas gamas de aglomerado de partículas, e prevê alcançar os 85% em determinadas geografias, nos próximos três anos”, lê-se na nota de imprensa.
Considerando o portefólio completo da empresa, a madeira reciclada representa 30% do total usado, o que compara favoravelmente com a média de 25% da indústria europeia de painéis derivados de madeira, sublinha a empresa.