Este responsável acredita que esta linha poderá reduzir os custos de transporte para os países do norte da Europa, eliminando a necessidade de transição dos comboios de bitola ibérica para bitola europeia em território espanhol, segundo avança a Lusa.
À margem de uma conferência de imprensa na fábrica de Palmela, António de Melo Pires sublinhou, sobre a ausência de bitola europeia, que “isso representa 15% dos custos de transporte. Perdemos seis horas na transição de bitolas”.
O interesse está relacionado com a aposta, cada vez maior, da Autoeuropa no transporte de material e automóveis por via-férrea, em detrimento da rodovia.
“Os nossos fornecedores perdem 20% da sua competitividade quando têm de entregar material em França ou na Alemanha por causa dessa diferença. Além disso há a necessidade de se alterar o sistema de desvios na linha ferroviária do Norte, que não permite comboios com mais de 450 metros, quando o limite nos outros países europeus é de 650 metros. Com maior capacidade, é possível transportar mais material de cada vez e assim rentabilizar cada viagem”, destacou António de Melo Pires.