Logística

COVID impacta negativamente as vendas da STEF no 2.º trimestre

STEF

O grupo STEF registou, no 2.º trimestre de 2020, uma quebra de 19,2% face a igual período de 2019, fazendo com que as receitas baixassem de 863,4 milhões de euros para 697,5 milhões de euros.

O grupo, que opera em serviços de transporte e logística de produtos alimentares sob temperatura controlada, salienta que a crise sanitária da Covid-19 teve um forte impacto sobre a atividade, admitindo, contudo, que, “após dois meses particularmente difíceis, o mês de junho apresenta já uma recuperação dos volumes”.

Stanislas Lemor, presidente e diretor-geral do grupo STEF, refere que “em todos os países onde operamos todas as nossas atividades foram impactadas, com exceção das associadas ao retalho alimentar”. Dadas as dificuldades, o responsável da STEF destaca o lançamento de “um plano de adaptação”, de modo a assegurar “financiamento de forma a prosseguir com a implementação da nossa estratégia a médio e longo prazo”.

“Todos os nossos colaboradores foram mobilizados para continuar a assegurar o melhor serviço possível aos nossos clientes e assim podermos garantir, a estes e aos consumidores, a continuidade dos nossos serviços, apesar do período inédito em que vivemos”, conclui Lemor.

Por geografia e área de negócio, a STEF França registou uma variação negativa de 12,3%, quando comparado o período do 2.º trimestre de 2020 com os mesmos três meses de 2019, passando de uma faturação de 511 para 448 milhões de euros. No mercado interno, as duas atividades que sofreram maior impacto foram, por um lado a restauração (-42%) em que a grande maioria dos estabelecimentos esteve de portas fechadas até ao início de junho e, por outro lado, os produtos do mar (-26%) pelo quase encerramento da atividade e pela ausência de fluxos com os grossistas, principal canal de distribuição destes produtos. O segmento dos frescos apresenta uma redução de 14,3%, principalmente devido ao abrandamento do consumo alimentar, enquanto que a atividade de congelados registou um decréscimo de 6,2% por abrandamento de fluxos de entradas e saídas face a 2019.

Em França, apenas a atividade das grandes superfícies de retalho teve crescimento, de 13,8%, fortemente impulsionada pelo desenvolvimento do comércio eletrónico e pela relação dos volumes de restauração nos canais de distribuição tradicional.

A nível internacional, a quebra foi ligeiramente inferior para o mesmo período, cifrando-se nos -11,8%, fazendo com que as receitas baixassem de 217,4 para 191,7 milhões de euros.

Nos restantes países europeus onde a STEF opera, o impacto da crise foi ligeiramente atenuado graças ao menor peso das atividades de restauração e de produtos do mar, assim como pela boa dinâmica das atividades de retalho. tália, Espanha e Portugal demonstraram grande resiliência, enquanto na Bélgica e nos Países Baixos houve maior impacto. Apenas as atividades de fluxos europeus e a Suíça apresentam progressão nas vendas.

A maior quebra foi registada nas atividades marítimas, onde o grupo STEF caiu mais de 60%, quebra que levou a faturação a passar de 27,8 para 10,9 milhões de euros.

Em plena crise CoVID-19, a empresa manteve a sua atividade de transporte de mercadorias, mas com uma forte redução da frequência, que se realizam agora nos portos regionais de Porto Vecchio e Propriano (redução de 54% no número de travessias no período).

O grupo STEF informa, também, que ao semestre, o volume de negócios global atingiu os 1.491 milhões de euros, correspondendo a uma quebra de 10,5% face aos primeiros seis meses de 2019.

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