Mesmo perante os obstáculos que a pandemia coloca ao setor da logística, o mercado reserva oportunidades para os operadores logísticos, num setor onde a economia digital facilita as diversas áreas da supply chain e torna os processos mais eficientes e flexíveis. A logística colaborativa é, mais que nunca, uma tendência a valorizar entre empresas e cadeias de abastecimento, e o e-commerce disparou para níveis que contrariam as quebras da atividade nos setores de bens não essenciais
Considerando o atual mercado globalizado e a tendência para as empresas oferecerem serviços integrados, os operadores logísticos estão a adotar a transformação digital com dinamismo e eficiência, demonstrando tratar-se de um setor maduro. O que ajudará a enfrentar os desafios estruturais que a pandemia da covid-19 coloca às operações e às perspetivas de negócio a curto, médio, ou mesmo longo prazo.
A revolução tecnológica atinge todos os setores, e a economia digital “vem auxiliar as diversas áreas da supply chain e tornar os processos de tomada de decisão, bem como os sistemas de informação que fornecem apoio às operações, mais eficientes e flexíveis, capazes de acompanhar as constantes mudanças do mercado e as necessidades dos clientes, que são cada vez mais exigentes”, considera Daniela Simões, administradora da Luís Simões.
Na sua opinião, fazer frente a estes desafios “implica necessariamente um grande investimento em novas tecnologias de informação”. Por outro lado, é igualmente necessária “uma mudança da cultura organizacional, acompanhada de uma gestão cuidadosa dos recursos humanos, capazes de suportar o dinamismo dos mercados e a permanente atualização de todas as leis e regulamentos que se impõem. É necessário investir, mas é vital olhar todos os dias para o que se faz e ver de que forma se pode melhorar em cada função”.
Na perspetiva da Luís Simões, a indústria da distribuição está a tirar partido desta revolução tecnológica, por exemplo, através de viaturas que “podem comunicar a sua posição e a hora de chegada ao sistema inteligente de gestão do armazém”, o que permite “alocar de imediato o espaço de armazenamento para a entrega e atribuir equipamento autónomo, apropriado para transferir as mercadorias para os locais corretos”. Estas tecnologias estão já disponíveis e “exigem uma necessária adaptação dos operadores”, explica a responsável.
Também para a Santos e Vale a transformação digital “é já uma realidade, que evolui a um ritmo alucinante, pelo que qualquer empresa que queira estar no mercado e permanecer para o futuro tem de ter a noção de que o cliente vai exigir cada vez mais do setor”, defende Joaquim Vale.
Na opinião do administrador da empresa, os operadores logísticos “têm que estar um passo à frente desta evolução”. Aproveitar as tecnologias já existentes como a inteligência artificial, a realidade virtual, a realidade aumentada “e mesmo as tecnologias que ainda estão para vir, é uma obrigatoriedade para qualquer operador logístico, para melhorar o serviço prestado e para ir mais além do que o cliente está à espera”, afirma.
Para a Greenyard, as principais tendências do setor são o aumento de comércio de proximidade e a omnicanalidade que, “cada vez mais, têm vindo a crescer de forma significativa e sustentada”. Como explica Vítor Figueiredo, as lojas vocacionadas para este tipo de comercio “são, normalmente, espaços comerciais de pequena dimensão, situados em locais com forte densidade populacional” e que, por vezes, “necessitam de entregas mais que uma vez por dia”. Trata-se de espaços “cujo sortido é composto por um número muito limitado de SKU de altíssima rotação”. Desta forma, em termos de distribuição, “terão necessariamente de se utilizar viaturas de menor dimensão que permitam não só o acesso às lojas, mas também a realização de um número maior de entregas por dia, já que o drop size é necessariamente inferior ao de uma loja convencional”, afirma.
Segundo o country manager da Greenyard Logistics Portugal, “o perfil de preparação de encomendas quer para o comércio de proximidade, quer para o comércio online, é totalmente diferente do que se pratica em lojas de maior dimensão, já que o picking à peça assume uma proporção muito maior (em detrimento do picking à caixa)”. Acresce que “este tipo de venda acontece por conveniência do consumidor, pelo que qualquer atraso ou erro logístico resultará necessariamente em ruturas e consequentemente perdas definitivas de vendas”, diz. Vítor Figueiredo conclui que “vivemos em tempos em que o just in time, que sempre teve elevada importância nos produtos ultra perecíveis, em especial os refrigerados, se generalizou em toda a cadeia de abastecimento, independente da sua tipologia, temperatura, etc.”.
Resulta que os recentes eventos relacionados com a pandemia COVID-19 “vieram servir como um acelerador significativo quer da omnicanalidade quer na tendência de aumento do comércio de proximidade”, como explica o responsável. Nestes dois aspetos, “não diríamos que a pandemia vai alterar as tendências que já existiam, mas sim acelerá-las de uma forma muito significativa”.
Operações em tempos de incerteza
No que diz respeito à forma como está organizada a cadeia de abastecimento, a Greenyard antecipa “um impacto profundo em determinados paradigmas que pensávamos abandonados”. Para a empresa as principais variações que deverão ocorrer prendem-se com o aumento dos stocks mínimos, o que será mais visível em produtos com menor grau de perecibilidade; a menor concentração geográfica dos centros de distribuição. As grandes concentrações associadas a centros de distribuição de grande dimensão tornam a cadeia mais exposta a uma situação pandémica e nem sempre se coadunam com uma distribuição mais capilar. É assim de esperar alguma descentralização e redundância que irá diminuir os ganhos de escala; e a intensificação da troca de informação e transparência entre os vários intervenientes da cadeia, uma forma de tornar a cadeia mais robusta e que permite antecipar ruturas e poder partilhar stocks, com vista a fazer face a uma maior incerteza.
Especializada na logística e transporte de produtos alimentares perecíveis, a Greenyard defende que, em termos de oportunidades, “existe ainda muito por desenvolver nas várias vertentes dos novos canais de distribuição”. A empresa tem vindo a preparar-se com ferramentas específicas para negócios com base digital, “porque acreditamos sinceramente que representarão a fatia mais significativa do volume num curto espaço de tempo”. Neste momento, tem vários projetos implementados neste domínio, prevendo que “outros possam vir a surgir”, adianta Vítor Figueiredo.
Através da sua rede pan-europeia, a empresa “consegue não só transportar produtos alimentares perecíveis em regime de carga fracionada ou completa, mas também oferecer serviços de armazém que permitam aos seus clientes ter um stock avançado, complementado com a preparação de encomendas e entregas capilares. Soluções que conjuga com serviços de valor acrescentado como a pesagem, etiquetagem e copacking, o que “permite não só aumentar a frequência de entregas, mas diminuir os lead times no fornecimento a/de mercados estrangeiros”. Atualmente, os fluxos internacionais pesam cerca de 20% do total da faturação da Greenyard Logistics Portugal.
Já a atividade da Santos e Vale, operador logístico que oferece uma solução integrada de logística e transportes, desde a receção da mercadoria em armazém logístico, logística de armazém, logística promocional, expedição e distribuição, até à entrega no cliente final, está focada na Península Ibérica desde 1999. Tendo em conta “os sinais das duas economias e o crescimento que a empresa tem apresentado”, Joaquim Vale afirma estar “com grandes expectativas para o futuro” e focado “em fazer crescer o negócio nestes dois mercados”.
Na Luís Simões, a perspetiva continua a ser de consolidação a nível ibérico. As operações em Espanha consolidaram-se, “o que se refletiu claramente numa faturação que, nos últimos 12 anos, aumentou em 50%, muito alavancada pela evolução dos negócios no país vizinho, que atualmente representam já cerca de 50% da atividade”.
Segundo Daniela Simões, “como seria de esperar, o surto de COVID-19 trouxe uma natural e significativa quebra da nossa atividade nos setores de bens não essenciais, como o automotive ou o fashion. A empresa está a enfrentar esta fase “dando continuidade às operações nas várias regiões da península ibérica, adaptando-nos de diversas formas para garantir a saúde e segurança de todos os colaboradores, clientes e parceiros”, sublinha.
Nos últimos meses a Luís Simões dedicou-se “com força renovada” ao setor da logística de bens essenciais. Objetivo? Cumprir a sua “missão de apoio a famílias e empresas”, graças à qual, entre março e abril, a LS fez a gestão média diária de mais de 25500 toneladas de produtos, entre os setores da alimentação, bebidas e derivados de papel (como papel higiénico e embalagens de cartão).
“Porque os tempos que vivemos o deixam em evidência, continuamos a cumprir com a nossa responsabilidade social”, diz ainda a administradora. A empresa realizou várias iniciativas, como as parcerias com o Grupo Beiersdorf (detentor da Nívea e Eucerin) para transporte e distribuição de produtos a hospitais e profissionais de saúde; e com o SuperBock Group, com o qual distribuiu 14 mil litros de álcool-gel em vários centros hospitalares do país.
E-commerce com interface
A tendência de crescimento do negócio do e-commerce disparou, inevitavelmente, com o isolamento social imposto pelo estado de emergência. Para a Luís Simões, “é hoje claro que é acertada a nossa aposta nos serviços de logística promocional e de logística para e-commerce”. Segundo Daniela Simões, trata-se de um serviço “com um relevante aumento de procura nos últimos anos, motivado pelas mudanças nos hábitos de consumo, e mais recentemente pela situação de pandemia, obrigando a uma transformação a que a empresa se soube antecipar e tem integrada nas suas operações diárias desde 2013”.
A empresa conta atualmente com mais de cinco mil metros quadrados em toda a Península Ibérica dedicados exclusivamente a este tipo de serviço, que em 2019 efetuou uma média de quase cinco mil expedições diárias, o que representa mais de três milhões de expedições anuais. Tipicamente a média de expedições “era substancialmente superior em alturas de pico de atividade, como a Black Friday ou as campanhas de Natal”, mas atualmente, “com a realidade que vivemos devido à covid-19, estamos quase perante uma Black Friday permanente… os meses de março e abril atingiram uma média de 11 mil expedições diárias”, avança Daniela Simões.
As operações logísticas de e-commerce na LS incluem a armazenagem em espaço dedicado e a preparação de pedidos pick to light para entregas nos canais B2C e B2B. Os serviços disponibilizados são adaptados às necessidades de cada cliente, designadamente a otimização da organização de produtos e de embalagens para o momento de picking”, detalha Daniela Simões. No início de cada operação é criado um interface que permite que qualquer encomenda efetuada no sistema do cliente passe automaticamente para o sistema da Luís Simões, e que integra todas as fases do processo, desde a leitura do código de barras à gestão de encomendas. A equipa dedicada ao cliente recebe formação específica, e todas as operações de e-commerce estão dotadas de equipamento específico, “como máquinas pick e/ou put to light, estantes dinâmicas e gravíticas” para facilitar o armazenamento e a recolha, radiofrequência e controlo de qualidade. No total das quatro localizações (Carregado, Azambuja, Cabanillas del Campo e Barcelona) onde atualmente decorrem operações de e-Commerce, a LS terá já investido cerca de um milhão de euros.
Neste momento, praticamente todo o negócio da Greenyard “está centrado em B2B”, mas, “em termos de serviço de armazém, possuímos as ferramentas necessárias para apoiar qualquer negócio B2C”, diz Vítor Figueiredo. “Estamos neste momento já a trabalhar várias operações com esta tipologia”, avança.
Na sua perspetiva, a logística de frio “é um negócio de escala, pelo que o B2C, pela dimensão média da encomenda, representa uma complexidade acrescida. Os principais requisitos deste tipo negócio, em termos de armazém, estão relacionados com a menor dimensão de cada encomenda que normalmente é gerida por peça em vez de caixa. Adicionalmente, grande parte dos produtos que movimentamos são geridos com peso variável, o que representa um maior nível de complexidade, quanto menor for a dimensão da encomenda”. Apesar da complexidade, a Greenyard acredita “que este é um mercado de elevado potencial” e, desta forma, tem vindo a fazer diversos ajustes na sua infraestrutura, quer física, quer informática no sentido de se adaptar a esta realidade”.
O country manager da empresa adianta ainda que “é no transporte que os negócios B2C apresentam a maior dificuldade, pela necessidade de manter a cadeia de frio ininterrupta em circuitos com muitas paragens”. A Greenyard encontra-se a desenvolver a capilaridade da sua rede nas entregas e, adicionalmente, pode conjugar caixas isotérmicas com um serviço normal de entregas rápidas.
O B2C é uma tendência do setor a que a Santos e Vale também está “atenta” e “expectante para ver a curva de crescimento em Portugal”. Mas, neste momento “estamos focados apenas no negócio B2B, o qual, tem ainda muito para crescer e melhorar”, conclui o administrador.
Mercado maduro e eficiente
A nível de evolução do negócio, os operadores logísticos registam uma evolução positiva, antevendo até perspetivas de crescimento, num mercado onde, desde há uns meses, a logística colaborativa tem uma importância redobrada.
A Luís Simões registou 245 milhões de euros de vendas consolidadas em 2019, e cumpre “a tendência dos últimos dez anos, nos quais cresceu 50% no volume de vendas”. Em 2019 a empresa “manteve esta linha e consolidou-a nas bases que estão já bem assentes: a aposta constante na sustentabilidade, a inovação e o investimento em novas unidades diferenciadoras”. Esta estratégia permite à empresa “enfrentar o futuro com a certeza de conseguir dar resposta à crescente demanda logística de grandes clientes”.
Contudo, e como admite a administradora, “naturalmente” a Luís Simões “teve de ajustar as suas perspetivas para o ano 2020, uma vez que alguns dos planos que tínhamos tiveram de ser alterados”. Como diz Daniela Simões, “sabemos que este será um ano difícil para o país em geral, e para os setores da logística e transportes em particular, com muitas empresas a encerrar atividade, ou pelo menos a diminuir bastante os seus níveis de operação e capacidade”.
Ainda assim, a empresa afirma-se confiante de que possuí “as ferramentas necessárias para continuar a enfrentar a situação de forma positiva, como até aqui”, tendo em conta a sua solidez, “tanto a nível financeiro como humano”. E, a respeito deste último aspeto, Daniela Simões sublinha que “mais do que nunca, os nossos colaboradores têm provado ser inestimáveis, mesmo (e sobretudo) nestes tempos tão desafiantes”, defendendo que “a comprometida equipa” da Luís Simões “mostrou desde o primeiro momento um grande espírito de missão”, permitindo, juntamente com a confiança dos clientes, que a empresa “continue a garantir o abastecimento de bens essenciais por toda a península ibérica”.
No que respeita à evolução do setor, “em relação à atividade propriamente dita, assistimos a um crescimento geral do mercado de outsourcing da logística de frio”, afirma Vítor Figueiredo, o qual foi acompanhado por “uma evolução muito positiva” da atividade desenvolvida pela Greenyard, que “cresceu a taxas superiores às do mercado”. O volume de faturação da empresa em 2019 ascendeu a 24 milhões de Euro, o que representa um crescimento de 20% face a 2018.
O responsável acredita que esta evolução positiva é “maioritariamente justificada pela alteração de mentalidade relativamente à especialização do negócio, principalmente nas empresas do setor agroalimentar”, defendendo que os empresários se apercebem hoje mais das vantagens que o outsourcing logístico lhes pode trazer, “em especial por eliminar uma parcela significativa dos custos fixos”. Por outro lado, existe uma “riqueza de ofertas por parte do mercado no que diz respeito à logística e transportes em temperatura controlada”, que torna o setor “altamente eficiente, moderno, dinâmico e competitivo”, e que “resulta obviamente num elevado incentivo ao outsourcing”, afirma. A Greenyard diferencia-se ainda por o mercado dar hoje mais valor “a uma oferta integrada de serviços altamente flexível e muito focada num nível de serviço de excelência e com uma abrangência internacional”.
Com serviços de logística integrada em Portugal e distribuição e transporte na península ibérica, a Santos e Vale registou uma faturação de 36 milhões de euros em 2019. Atualmente com 17 plataformas de cross-docking e cinco plataformas de logística, a empresa regista uma evolução positiva da sua atividade durante o ano de 2020, apesar dos tempos difíceis que o mundo está a passar, mantendo o crescimento que tem vindo a demonstrar ao longo dos últimos anos. E espera que assim continue, o que lhe permitirá “continuar a investir na melhoria das condições dos nossos colaboradores, infraestruturas, frota e sistemas de informação, estratégia que a empresa sempre teve”, conclui Joaquim Vale.
Considerando que o mercado da logística e transportes é “um mercado maduro”, o responsável acredita “que o futuro nos reserva excelentes oportunidades se tivermos a mente aberta para pensar que cada empresa tem o seu posicionamento no mercado”. Sendo certo que “a logística colaborativa será com certeza uma forma de cada empresa mostrar aquilo que melhor faz em cada cadeia de abastecimento”.
GREENYARD
A Greenyard abriu uma nova plataforma logística no primeiro trimestre de 2020 na zona Norte do país, em Modivas, Vila do Conde. Trata-se de um marco para a empresa já que permitirá não só consolidar a sua posição naquela região, mas aumentar significativamente a flexibilidade das suas operações de transporte.
. Em termos de sistemas, está a implementar uma aplicação mobile, a utilizar pelos motoristas, que permite aumentar o controlo sobre a operação de entregas e a integração administrativa com as mesmas.
Está também em desenvolvimento um novo portal de clientes que permita fazer um follow-up mais detalhado das suas encomendas e aumentar a visibilidade sobre toda a cadeia.
A empresa está ainda a trabalhar em soluções que vão muito além do papel de operador logístico, no sector das frutas e verduras, onde o grupo é líder europeu e na logística de inbound, onde “ainda existe muito por fazer, no mercado português”.
LUÍS SIMÕES
Em termos de investimentos, 2017 e 2018 foram anos com um crescimento relevante na Luís Simões, baseado no arranque de novas operações e no aumento generalizado de consumo. No mercado espanhol, em 2018 consolidaram-se várias operações com a entrada em funcionamento do Centro de Operações Logísticas de Cabanillas del Campo (Guadalajara), que tem capacidade para mais de 90 mil paletes.
2019 foi um ano de expansão e de crescimento, marcado pela inauguração do Centro de Operações Logísticas no polígono Puerta Centro – Ciudad del Transporte, em Guadalajara, posicionado no Corredor de Henares, um dos eixos estratégicos dos grandes operadores nacionais e internacionais. Este complexo inovador é constituído por três edifícios com capacidade para cerca de 180 mil paletes e integra serviços de copacking/e-commerce, e câmaras de temperatura controlada para poder dar suporte a diferentes perfis de produtos e clientes.
A Nave A, que será totalmente automatizada e entrará em funcionamento até ao final deste ano, é um dos marcos da Luís Simões para 2020. Contará com uma capacidade total de armazenamento de 86500 paletes (75500 em temperatura ambiente e 11000 para produtos refrigerados) e 1.800 posições de picking na área de automatismo. O sistema tem capacidade para gerir de forma simultânea um fluxo, em hora de ponta, de 540 paletes de entrada e 440 paletes de saída. O armazém de picking está equipado com dez transelevadores, suspensos a vinte metros de altura por cima das estanterias, o que permite combinar em simultâneo operações de armazenamento, picking e copacking, aumentando a rapidez no processo de preparação de pedidos e um armazenamento mais compacto e denso.
A Luís Simões é pioneira na utilização de megacamiões na Península Ibérica, tendo arrancado em 2017 com um novo projeto, na região de Zaragoza. A solução Gigaliner, introduzida pela empresa no mercado ibérico em 2014, apresenta ganhos ambientais que reduzem cerca de 30% das emissões de dióxido de carbono por tonelada transportada. Os dez veículos Gigaliners que a Luís Simões tem atualmente em circulação em Portugal e em Espanha visam otimizar o sistema euro-modular e acrescentar valor à cadeia de abastecimento dos clientes. A aposta da empresa é incorporar mais unidades deste tipo de veículos inovadores com foco na sustentabilidade.
SANTOS e VALE
Seguindo a sua estratégia de crescimento, a Santos e Vale vai continuar a aumentar a estrutura da empresa em recursos humanos qualificados, permitir que os atuais progridam enquanto profissionais, e continuar a aumentar e renovar a sua frota.
Vai continuar a abrir e melhorar as suas plataformas e a utilizar todas as tecnologias que estejam ao seu alcance para otimizar as suas operações e prestar um serviço cada vez melhor.
A empresa vai prosseguir a sua política ambiental de utilizar menos, gastar menos e assim poluir menos.