Mobilidade

Já está em funcionamento o primeiro ferry do mundo movido a hidrogénio

Já está em funcionamento o primeiro ferry do mundo movido a hidrogénio hidrogénio Direitos Reservados

O primeiro ferry de transporte de passageiros, a nível mundial, movido a hidrogénio, já está em funcionamento na Baía de São Francisco, nos Estados Unidos da América (EUA).

O projeto piloto pretende eliminar gradualmente os navios e outros transportes marítimos movidos a diesel, assim como reduzir as emissões de carbono, que impactam o meio ambiente.

O ferry de 21 metros, intitulado MV Sea Change, tem capacidade para transportar até 75 passageiros e contará com um serviço gratuito durante seis meses, período em que estará em fase de testes.

“Se conseguirmos operar este projeto com sucesso, haverá mais deste tipo de transporte marítimo na nossa frota e na frota de outras empresas nos Estados Unidos e até no mundo”, afirmou Jim Wunderman, presidente da Autoridade de Transporte de Emergência da Água da Baía de São Francisco (WETA).

De acordo com a entidade que gere o projeto, o ferry pode viajar cerca de 550 quilómetros e operar durante 16 horas antes de precisar de ser reabastecido. As células a combustível produzem eletricidade ao combinar oxigénio e hidrogénio criando uma reação eletroquímica que emite água como subproduto.

A tecnologia, garante o responsável da WETA, pode ajudar a ‘limpar’ a indústria naval, que produz quase 3% das emissões totais de gases com efeito estufa (GEE) do mundo.

À medida que as emissões derivadas de combustíveis fósseis continuam a impactar a atmosfera terrestre, o governo americano tem vindo a focar-se no hidrogénio como fonte de energia para veículos, indústria fabril e gerar eletricidade. Neste sentido, já disponibilizou 8 mil milhões de dólares (7,3 mil milhões de euros) para indústrias, engenheiros e gestores ambientais do país, de forma a atrair ideias, projetos e ferramentas que produzam e forneçam “hidrogénio limpo”.

No entanto, vários são os grupos ambientalistas que afirmam que o hidrogénio apresenta os seus próprios riscos no que toca a poluição e efeitos climáticos, uma vez que este é produzido a partir da utilização de gás natural. Estes grupos defendem que o processo de produção de hidrogénio “aquece o planeta em vez de salvá-lo”, pois emite dióxido de carbono e, por isso, “não pode ser considerado um transporte movido a energia limpa”.

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