Economia Circular

Investigadores investigam se biomassa de plantas pode ser utilizada para criar vidro

Como a biomassa das plantas pode substituir fontes não renováveis em aplicações óticas? Foi esta a pergunta que investigadores europeus e canadianos tentaram responder. A equipa internacional da Aalto University (Finlândia), da University of Turku (Finlândia), do RISE – Research Institute of Sweden e da University of British Columbia (Canadá) analisou a utilização de lignocelulose (ou lenhocelulose) para substituir matérias como areia e plástico.

Em comunicado, a Aalto University explica que a lignocelulose é encontrada em quase todas as plantas da Terra. Quando os cientistas o decompõem em partes muito pequenas e a montam de novo, podem criar materiais totalmente novos e utilizáveis.

“Através da combinação de propriedades de lignocelulose, poderíamos criar superfícies reativas de luz para janelas ou materiais que reagem a certos produtos químicos ou vapor. Poderíamos até fazer protetores ultravioletas que absorvem radiação, agindo como um protetor solar nas superfícies”, explica a investigadora da Aalto University, Jaana Vapaavuori.

Por sua vez, Kati Miettunen, da University of Turku, realça que “podemos realmente adicionar funcionalidades à lignocelulose e personalizá-la mais facilmente do que o vidro. Por exemplo, se pudéssemos substituir o vidro em células solares por lignocelulose, poderíamos melhorar a absorção da luz e alcançar uma melhor eficiência operacional”.

O estudo foi publicado na revista científica Advanced Materials. Na sua extensa revisão, os investigadores avaliaram os vários processos de fabrico e características necessárias para aplicações óticas, por exemplo, transparência, reflexão, filtragem da luz UV, bem como cores estruturais.

 

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