As palavras foram proferidas por António Costa, Primeiro-Ministro de Portugal, mas poderiam ser associadas a qualquer chefe de Estado por esse mundo fora: a vacina da covid-19 será “muito exigente do ponto de vista logístico”, admitia o líder do Governo português no final do mês de novembro.
Assim, trazemos, nesta última edição da revista LOGÍSTICA&TRANSPORTES HOJE o que, para muitos, é o desafio logística do século.
Essa dificuldade é aumentada quando, em vez de uma ou duas vacinas, estão, atualmente, a ser desenvolvidas e testadas mais de 250 vacinas em sete plataformas, avança um recente relatório conjunto da DHL e consultora McKinsey & Company.
Só Portugal tem acordos assinados com seis fabricantes: AstaZeneca, Sanofia/GSK, Johnson&Johnson, CureVac, Moderna e, claro Pfizer-BioNtech. Não sendo bastante a existência desta variável no número de fabricantes, as diferenças entre as vacinas fazem com que este desafio seja ainda maior, com a proposta da Pfizer-BioNtech a ser a mais exigente, equivalendo a transportar um pedacinho do Pólo Sul por este mundo fora.
Para perceber um pouco mais sobre os enormes desafio colocados aos mais diversos “atores”, falámos com o médico Suman De, atual Head of Government Healthcare solutions and Chief Medical Consultant da Infosys Public Services, que trabalha a partir de Connecticut, que nos levantou um pouco do véu deste quebra-cabeças e como se procederá no país mais afetado no mundo.
Pandemias, bioterrorismo, calamidade de saúde pública… são em “incidentes” destes que a logística adquire (ainda mais) um papel fundamental. Fomos tentar perceber se as empresas estão preparadas?
Fomos, também, tentar perceber como é que o Plano Estratégico da Administração do Porto de Sines 2020-30, realizado pelo Centro de Estudos em Gestão e Economia Aplicada (CEGEA), da Universidade Católica do Porto é tão importante para servir de alavanca à industrialização da economia nacional.
Ainda nos portos, o futuro passa por encará-los como parte integrante de uma plataforma logística, com uma estratégia integrada ao nível das acessibilidades (nomeadamente a ferrovia) e um aumento substancial da captação do negócio local: fixar indústria, aumentar os serviços e incrementar a eficiência. Só desta forma é possível disponibilizar soluções competitivas, desenvolver o hinterland ibérico e conquistar negócio.
Na intralogística, a STILL apresentou o modelo que sucede ao bem-sucedido empilhador elétrico RX 60, para cargas até 5 toneladas, elevando mais uma vez a fasquia tecnológica não só da marca como do próprio mercado.
Passando para a rodovia, foi a vez da Mercedes-Benz apresentar neste outono a nova geração dos premiados camiões Actros, que inclui os dois novos modelos Actros F e Editon 2, que alargam ainda mais a já bastante vasta oferta da marca alemã neste segmento.
As opiniões desta edição pertencem a Manuel Pizarro (APP – Advanced Products Portugal) e Vinicius Callegari (GaussFleet).
Boas leituras!