Os portos do Continente movimentaram cerca de 8,25 milhões de toneladas de mercadorias no primeiro mês do ano, um crescimento de 7,1% face ao período homólogo. Os dados são da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), que esta quarta-feira (3 de abril) revela que o mês de janeiro de 2019 ficou marcado pelo aumento da quota maioritária do Porto de Sines no segmento de Contentores, que agora chega aos 61,5% do total.
A AMT diz ainda que esta tendência de crescimento é fruto “do desempenho dos portos de Sines e de Setúbal, onde se verificaram acréscimos de +19,7% e de +3,5%, respetivamente. A Carga Contentorizada e o Carvão, em como ainda a Carga Fracionada, os Outros Granéis Líquidos e os Produtos Petrolíferos foram também responsáveis por aqueles indicadores.”
A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes diz ainda que “Sines e Setúbal foram os únicos portos a registar um desempenho positivo independentemente da tipologia de carga movimentada.
Por outro lado, a decrescer, o destaque vai para o Porto da Figueira da Foz, que registou uma variação negativa de -25,5%. “O desempenho global dos portos reflete mercados de carga com comportamentos distintos. No lado dos positivos, encontra-se a da Carga Contentorizada, Carvão e Produtos Petrolíferos de Sines, com variações respetivas de +20,4%, +77,8% e +21%, a Carga Contentorizada em Leixões, que cresce +20,3%, a Carga Fracionada de Aveiro, que regista um acréscimo de +84,2%, e os Produtos Agrícolas de Lisboa cujo volume aumenta +21,6%. Em termos totais estas variações representam um milhão de toneladas. Do lado das variações negativas destacam-se o Petróleo Bruto em Leixões e Sines, -31,7% e -7,9%, respetivamente, a Carga Contentorizada em Lisboa que diminui -17,9%, e os Produtos Petrolíferos em Leixões e Lisboa, que registam quebras de -17,6% e -34,7%”, refere a AMT.
“No segmento dos Contentores, constata-se que o sistema portuário do Continente movimentou em janeiro de 2019 o volume de 261 055 TEU, uma variação homóloga de +15,4% face a 2018. Este comportamento é suportado no crescimento de Leixões e de Sines, com +21,5% e +21,9%, que, juntamente com Setúbal e Figueira da Foz, conseguiram anular a variação negativa de Lisboa (-13,3%)”, acrescenta.
De referir que, no período em análise, os portos comerciais registaram um total de 835 escalas (-3,5%) de diversas tipologias, a que correspondeu um volume global de arqueação bruta superior a 16,7 milhões (+9,7%), alavancado no comportamento de Sines que registou um aumento de +16% (com +1,6% no número de escalas), atingindo o volume mais elevado de sempre, de cerca de 8,5 milhões.