A Associação dos Transitários de Portugal (APAT) congratula-se com o anúncio da União Europeia de lançar um pacote de 750 mil milhões de Euros e de inaugurar uma nova geração, mais solidária e global, mais digital e mais amiga do ambiente, mas alerta que o Governo português deve consultar todas as entidades interessadas e que esta é uma oportunidade para tirar da “gaveta”, projetos adiados por falta de verbas.
“Para que estes fundos não se percam, pedimos que consultadas todas as entidades interessadas, lembrando que temos falta de infraestruturas adequadas, deficiências essas, que desde há muitos anos os transitários têm vindo a reclamar e a alertar”, afirma António Nabo Martins, presidente executivo da APAT, cujos associados representam 1% do PIB nacional. “Este é um bom momento para voltar a avaliar vários estudos e investimentos colocados na “gaveta” por falta de verbas. Temos receio que se perca novamente de vista, as acessibilidades rodo/ferro/marítimas, os terminais aéreos, o investimento na ferrovia, os parques logísticos, os portos secos e parques seguros”, conclui.
A APAT considera que o Estado tem capacidade para criar soluções e proporcionar aos milhares de desempregados a possibilidade de regressar à vida ativa com a certeza de terem formação adequada à nova realidade.
“Qualquer crise permite tirar lições e, com este anúncio, a UE mostrou que tirou lições e que vai fazer alterações. Acreditamos que se vai inaugurar uma nova era, para a qual pedimos mais investimento em melhores conetividades; forte apoio em tecnologia e indústria e uma economia assente na informação (data)”, lembra Nabo Martins. “Certamente que os transitários portugueses farão parte desta nova era, começando desde já a trabalhar em propostas para aceder aos fundos anunciados”.