“A diminuição dos ciclos de vida dos produtos dentro das empresas e uma análise direta de quais os artigos em armazém que têm uma maior rotatividade permite às empresas decidirem de forma eficaz onde devem focalizar o seu esforço para resposta ao mercado”, lembra Rafaela Fonseca, Business Manager Artsoft.
“Ao otimizarem os processos logísticos e minimizarem as quantidades e custos de stock, as empresas passam a optar por espaços físicos menores mas com localizações geográficas estratégicas que permitem uma maior acessibilidade das mercadorias em circulação – tendência para o “just-in-time” na cadeia de abastecimento”.
Estes indicadores afetam diretamente a taxa de retorno efetivo ao nível de uma gestão eficaz de armazém, sendo as decisões tomadas baseadas na customização de um software de gestão fiável. Por regra, o investimento na implementação de soluções de gestão de armazéns é rapidamente amortizado. A Logistema refere “um ROI de cerca de um ano e meio”, após a implementação da sua solução de gestão de armazéns Warepack, graças à redução dos custos operacionais e melhoria da produtividade dos colaboradores, segundo Clara Solapa, Consultora Funcional de SI.A Slimstock estima que a implementação da sua solução de gestão de stock permita a uma empresa com mais de dois milhões de euros de stock um ROI de um ano. “O custo depende da complexidade da estrutura de rede de armazéns”, explica Martijn Wiecherink, Country Manager em Portugal.
Operadores logísticos no topo
Face às exigências atuais – a forte concorrência, as regulamentações dos diversos setores industriais e a manutenção dos níveis de satisfação – não existe qualquer opção aos atuais sistemas de gestão de armazéns, defende Rui Nogueira, BU Manager Mid Market da Sage em Portugal. Estes são úteis a qualquer tipo de empresa, da indústria à distribuição e principalmente para aquelas que fornecem serviços de logística.Os fornecedores das soluções de armazéns têm normalmente clientes de diferentes setores de atividade. Os atuais clientes da solução Warepack, da Logistema, estão maioritariamente distribuídos pelos setores da indústria, distribuição e retalho e operadores logísticos. Estes últimos representam 37% do total de clientes da solução. Na estrutura de clientes da ArtVision os operadores logísticos representam “cerca de 10% do volume de new business”. Esta empresa faturou 1,4 milhões de euros em 2012 e perspetiva uma evolução a médio prazo na ordem dos 5%.
A solução Geode, da Sage, tem mais de 500 clientes, entre os quais empresas como L’Occitane, Schneider Electric, Michelin ou Codico. No setor dos operadores logísticos, alguns exemplos são a Logic e a Antalis. “O setor logístico e industrial sempre esteve na génese da Sage, nomeadamente nos produtos dedicados ao Mid-Market baseados na plataforma SAFE X3.
Continuamos a investir neste setor e estamos em fase de lançamento de várias novidades tanto para o Sage Geode como para o Sage ERP X3, que vai introduzir no mercado várias inovações tecnológicas”, avança Rui Nogueira. Maria José Governo, Gestora de Unidade de Soluções de Mobilidade da Sinfic, refere entre os principais clientes da solução Eye Peak WMS alguns operadores logísticos, como a Transfrio, Promo, Go Logistic, Adicional Logistics ou VASP, para além de empresas como Maçarico, Ricki Parodi, Cimai, Garcias e Aldis (Angola). A Slimstock não tem operadores logísticos como clientes, distribuindo-se estes por setores como o retalho, grossista, peças de reposição, indústria, automóvel, materiais de construção, artigos de consumo, componentes industriais, farmacêutico e saúde, sanitário e climático. Em Portugal, os principais clientes são a Sanitop, J. Soares Correia e Fabory. Em 2012 a empresa conseguiu 70 novos clientes e prevê angariar 80 novos clientes este ano.
Leia na íntegra este Especial Gestão de Armazéns na edição de julho/agosto da LOGÍSTICA & TRANSPORTES HOJE