A cadeia de Valor Têxtil e Vestuário vai ser incluída no Plano de Ação para a Economia Circular (PAEC) 2024-2030. Esta foi uma proposta da associação Zero Desperdício que acabou por ser acolhida com sucesso.
De acordo com o comunicado de imprensa do movimento, tendo em conta a futura obrigação de recolher os resíduos têxteis como uma fração separada em todos os países da União Europeia até 2025, “torna-se ainda mais premente que o PAEC considere os têxteis como uma das cadeias de valor prioritárias”.
“O facto de a Zero Desperdício ter conseguido a inclusão de uma nova cadeia de valor têxtil e vestuário no PAEC 2024-2030 é um passo em frente na prioridade dada aos resíduos têxteis em Portugal”, lê-se na comunicação.
A Zero Desperdício explica que, no contexto de uma cadeia de valor com produção “intensa e complexa de resíduos”, incluem-se:
Resíduos pré-consumo:
– Restos e sobras do processo de fabrico, tais como cortes de tecido e amostras.
Resíduos pós-consumo:
– Trata-se de vestuário e outros têxteis que são deitados fora pelos consumidores, quer porque já não são desejados, quer porque estão danificados e não podem ser reparados;
– Tecido em stock: Refere-se ao excesso de tecido que não foi utilizado durante a produção e que, normalmente, é vendido com desconto;
-Artigos mal impressos ou em excesso de stock: Trata-se de artigos que foram produzidos por engano ou que não foram vendidos como esperado;
– Têxteis em fim de vida: Trata-se de têxteis que atingiram o fim da sua vida útil e não podem ser reparados ou reutilizados, como toalhas ou roupa de cama velhas;
– Resíduos de moda rápida: Trata-se de vestuário concebido para estar na moda e ser barato, mas que muitas vezes se desfaz rapidamente e contribui para uma cultura de moda descartável).