A destruição e degradação das florestas é o problema ambiental que mais preocupa os portugueses. A conclusão é de uma sondagem divulgada pela DECO, que revela que estas são as preocupações mais marcantes para 91% dos inquiridos.
Esta sondagem, que inquiria a opinião dos cidadãos sobre o regulamento de produtos livres de desflorestação e degradação ambiental, foi divulgada, ontem (5 de setembro), dia em que se comemorou o Dia da Amazónia.
Em comunicado de imprensa conjunto, a DECO e a associação Zero revelaram que os cidadãos europeus: “(…) são a favor de uma legislação robusta para travar a desflorestação mundial provocada pelo consumo na UE”.
A sondagem foi realizada, durante o mês de julho, em nove países da União Europeia-Áustria, República Checa, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal, Espanha e Suécia.
A maioria dos inquiridos (82%) consideram que as empresas não devem vender produtos que contribuam para a destruição das florestas tais como carne e rações à base de soja, extração de madeiras e setor de energia.
O apoio sobe para 81%, quando informados de que o Parlamento da UE está a discutir uma lei nesse âmbito.
Os cidadãos da UE veem a destruição e degradação das florestas como o problema ambiental mais preocupante, com uma percentagem de 77% e, em segundo lugar, com 74%, está a poluição da água e do ar.
Quanto às grandes empresas, 46% dos inquiridos apontaram como as principais responsáveis na proteção das florestas do mundo a par com os organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU), com uma percentagem de 44%, os governos nacionais (42%) e a União Europeia com 39%.
Quanto ao cumprimento das responsabilidades, 64% dos inquiridos identificaram as grandes empresas como tendo o pior desempenho.
O Parlamento Europeu vai deliberar, na próxima terça-feira, dia 13 de setembro, sobre a proposta de regulamento.