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Primark quer reduzir 30% das emissões de gases com efeitos de estufa

Primark

A Primark aderiu à Carta da Indústria da Moda para a ação climática da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC). A marca assina o compromisso de redução de 30% nas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) até 2030, com vista a eliminar emissões ao longo de toda a sua cadeia de valor, além das suas próprias operações (Scope 3), que constituem a grande maioria da pegada de carbono da companhia.

Em comunicado, a Primark refere que já implementou “vários processos na produção, distribuição e operações em loja para identificar e reduzir a sua pegada de carbono” (Scope 1 e 2), adiantando que “as equipas de gestão das instalações e operações de loja da Primark procuram em permanência medidas práticas para reduzir o consumo energético da empresa”.

De forma a reduzir as emissões de Scope 3, a empresa já está a implementar um conjunto de medidas sobre o uso de tecidos e matérias-primas, que são a sua maior fonte de GEE, nomeadamente:

  • Duplicar a quantidade de produtos feitos com materiais reciclados para 40 milhões de unidade, já este outono;
  • Formação dos produtores de algodão sobre as práticas mais ecológicas desde 2013 e a expansão significativa do Programa Algodão Sustentável da Primark em 2019, comprometendo-se a formar 160 000 produtores até 2022 e a aumentar o número de produtos sustentáveis de algodão para 60 milhões de itens;
  • Parcerias com instituições de solidariedade desde 2010 para doar produtos não vendidos, para angariar fundos para os mais necessitados;
  • Esquema de reciclagem na loja para clientes no Reino Unido, para que possam doar as suas roupas, têxteis, sapatos e malas que já não querem, para serem reciclados, reutilizados ou reaproveitados. A Primark pretende lançar este esquema em outros mercados;
  • Apoiar as fábricas dos seus fornecedores na implementação da ferramenta do Módulo Ambiental “Sustainable Apparel Coalition’s Higg” para monitorizar o uso de energia e as emissões de carbono nas fábricas onde os produtos da Primark são feitos;
  • Desenvolvimento de um programa de otimização das embalagens com PAC-D para ensinar os fornecedores a medir com precisão os produtos e a embalá-los de forma eficiente em caixas de transporte, eliminando o espaço vazio, o que até agora já evitou a produção, envio e reciclagem de 2,26 milhões de metros quadrados de material;
  • Envio da grande maioria dos produtos desde as fábricas por barco, em vez de transporte aéreo. Depois da entrega dos produtos nos seus armazéns, os mesmos camiões que entregam os produtos nas lojas da Primark também recolhem o refugo, que depois entregam nos centros de distribuição, reduzindo assim o número de camiões na estrada e o volume de recolha de refugo nas lojas.

 

Katharine Stewart, ethical trade and environmental sustainability director da Primark, refere que, “apesar de termos grandes ambições de tornar o nosso negócio mais sustentável, também sabemos que mesmo as pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença, simplesmente por causa da nossa dimensão”. Nesse sentido, adianta querer “fazer tudo isso sem passar o custo para os nossos clientes, pois acreditamos que a moda sustentável não deve vir com uma grande etiqueta de preço”.

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