Em 2023, cerca de 80% das 8 350 806 deslocações urbanas realizadas em Barcelona foram feitas a pé, de bicicleta, em veículos de mobilidade pessoal (por exemplo, trotinetas e bicicletas elétricas ou scooters) ou transportes públicos. Já 20% realizaram-se em veículos particulares.
Os números foram apresentados na última reunião do Acordo de Mobilidade, criado em 1998, e a informação está disponível no site do Plano de Mobilidade Urbana (PMU) 2024. O objetivo passa por oferecer a máxima transparência e permitir que os cidadãos tenham acesso e conhecimento dos dados relativos à mobilidade na cidade.
O Acordo oferece um espaço de diálogo e é composto por associações, empresas, organismos públicos e organizações, funcionando como um fórum que pretende discutir medidas e chegar a um consenso sobre o modelo de mobilidade em Barcelona. Além disto, tem ainda como objetivo definir medidas para melhorar a mobilidade e a segurança rodoviária na cidade.
No ano passado, 42,1% das deslocações em Barcelona foram feitas a pé, 34,2% realizaram-se em transportes públicos e 19,9% aconteceram através de transportes privados. Os restantes 3,8% das viagens foram feitas em veículos de mobilidade pessoal ou bicicletas.
Já nos transportes públicos, as deslocações aumentaram 18% face a 2022, atingindo um total de 2 858 636 viagens. Quando falamos de deslocações a pé, estima-se terem sido realizadas 3 512 790 viagens diárias, o que representa um aumento de 2% comparativamente ao ano anterior.
Em relação às deslocações de bicicleta e a veículos de mobilidade pessoal, estima-se que aumentaram 7% comparativamente a 2022, com um total de 318 609 viagens. Já as deslocações em veículos particulares diminuíram 0,3% face ao ano anterior e totalizaram 1 660 771 viagens.
A percentagem do espaço público dedicado à mobilidade divide-se em espaço pedonal (50,5%), espaço para bicicletas (2,6%), transportes públicos (3,8%), faixas de serviço, estacionamento reservado e zonas de carga/descarga (8,8%) e o restante corresponde à circulação geral (34,3%).
Está também já em desenvolvimento o novo Plano de Mobilidade Urbana (PMU) 2025-2030. Em análise prévia, são destacados os principais desafios a enfrentar e são definidas três áreas estratégicas.
– Estabelecer um modelo de mobilidade com um espaço de superfície seguro, eficiente e sustentável;
– Criar um sistema de transportes públicos que atraia mais passageiros do que os veículos particulares;
– Reduzir a dependência de carros e motociclos, bem como mitigar os seus aspetos negativos.