Transportes

Grupo Correos entra em Portugal com a Rangel

Grupo Correos entra em Portugal com Rangel

A nova empresa de entrega expresso de encomendas criada pela subsidiária do Grupo Correos, Correos Express, e a subsidiária do Grupo Rangel, Rangel Express, foi hoje apresentada em Lisboa. Com um investimento inicial de quatro milhões de euros, “sobretudo em tecnologia”, (até 2023), a Correos Express Portugal irá garantir um serviço integrado de entrega expresso de encomendas em 24 horas em toda a Península Ibérica, através de uma rede “de entrega única, ágil e eficiente”.

Como avançaram, em conferência de imprensa, os responsáveis da Correos e da Rangel, a empresa nasce após a aquisição de 51% da Rangel Expresso pela Correos Express, numa operação que ascende a 11,2 milhões de euros. O objetivo, segundo Juan Manuel Serrano, presidente da Correos, é “duplicar a atual quota de mercado de 6% para 12%, passando a transportar entre 11 a 12 milhões de encomendas até 2023”.

A estratégia passa por um crescimento empresarial que acompanha as mudanças do mercado, com a “eclosão do mercado eletrónico em Portugal”, explica Nuno Rangel: “hoje em dia já só temos 80% de B2B, o resto é B2C”. Para tanto, a empresa de entrega expresso vai empregar 160 colaboradores e terá 12 instalações em Portugal, que se juntarão às 55 da Correos Express existentes em Espanha.

Entre os planos da nova empresa para os próximos cinco anos, prevê-se a entrega de cerca de 35 milhões de encomendas, com a Espanha como origem ou destino, e um crescimento de 2,5 vezes as vendas (cerca dos 60 milhões de euros). A expansão integra uma estratégia para automatizar 100% das plataformas da Correos Express Portugal com sistemas inteligentes e equipamento de classificação de mercadorias.

Tratando-se da primeira incursão da empresa pública espanhola fora de território nacional, esta é, nas palavras do Presidente do Grupo Correos, “uma decisão estratégica”, e que “abre portas” à internacionalização, nomeadamente para a América Latina.

O negócio foi aprovado na passada sexta-feira pelo conselho de ministros espanhol, prevendo-se que até ao final de abril tenha luz verde da Autoridade da Concorrência.

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