“Não vamos descer oito pontos a TSU, conforme defende o FMI”, disse, porque “essa descida teria um custo de 3,5 mil milhões”. Reiterando que “não aceitamos trazer Portugal para uma espécie de laboratório de medidas radicais”, explicou o que está a ser pensado: “ou equacionamos uma descida menor para 2012 agora, e isso significa ter provavelmente um esforço fiscal razoável, mas sem ter um grande impacto na competitividade das empresas ou conseguimos adotar uma medida que não é de descida de 4 pontos, pode ser até de mais, pode ser até da totalidade, por exemplo para todas as empresas que criem novos empregos além daqueles que já possuem, durante por exemplo um ano. Esta é uma possibilidade”.
Quanto ao IVA, Passos Coelho afirmou que “não está previsto qualquer agravamento da taxa normal”. No entanto quando questionado sobre a possibilidade de não acabar com a taxa intermédia, o primeiro-ministro defende-se dizendo que “seria absolutamente prematuro prometer isso nesta altura”
No que diz respeito ao TGV Passos Coelho confirmou que seria suspenso para já, “ninguém perceberia que avançasse porque iria gerar prejuízo no futuro para os portugueses. Temos de renegociar o projeto com Espanha e Bruxelas. Temos interesse numa boa ligação a Madrid, mas não no TGV. Podemos ter uma boa linha sem os encargos de um TGV. Precisamos de levar mercadorias de Sines até à Europa. A nossa prioridade é levar as mercadorias e não os passageiros até Madrid. Queremos ter bitola europeia para chegar a Espanha e França”, esclareceu.