Descarbonização

“Autarquias devem ser catalisadores” da transição ecológica com “políticas públicas ambiciosas”

“Autarquias devem ser catalisadores” da transição ecológica com “política públicas ambiciosas” Direitos Reservados

Há uma cidade portuguesa entre as três que estão na corrida ao título de Capital Verde Europeia 2026. Trata-se de Guimarães, que se candidata pela terceira vez a essa distinção, e está pela segunda-vez na shortlist. Será desta que alcançará o sucesso? A vice-presidente da Câmara Municipal, Adelina Pinto, realça que, mais do que o título, importa continuar a “contribuir para um território mais sustentável e resiliente”, e atira que as autarquias devem mesmo ser os “catalisadores da mudança” com “políticas públicas ambiciosas” e envolvendo cidadãos, empresas e associações.

“É cada vez mais relevante que a mudança ocorra do local para o global, com vista à concretização da transição verde que ambicionamos”, salienta a responsável, em declarações à Sustentável. No caso de Guimarães, o trabalho tem sido feito em várias frentes, identifica Adelina Ponto, da mobilidade sustentável (“com a promoção do transporte público e da bicicleta”) à gestão mais eficiente da água, passando pela promoção da economia circular.

Adelina Pinto, Vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães

Por exemplo, no que diz respeito à gestão de resíduos, a autarquia tem implementado a estratégia RRRCiclo e o sistema PAYT (pay as you throw em inglês ou pague de acordo com o que deita fora, numa tradução direta), que diferencia a taxa de resíduos em função do comportamento dos cidadãos.

Já no que diz respeito aos recursos híbridos, a Câmara Municipal de Guimarães tem apostado, nomeadamente, na reutilização da água das piscinas municipais para a lavagem de ruas. Outras iniciativas que merecem destaque são o Laboratório da Paisagem e programas como o PEGADAS, através dos quais “Guimarães promove a sensibilização da população para as questões ambientais e incentiva a adoção de comportamentos mais sustentáveis”, explica a vice-presidente.

“Os resultados destes esforços são evidentes: redução da pegada de carbono, melhoria da qualidade de vida, criação de emprego e desenvolvimento económico. Assim, Guimarães está a demonstrar que é possível conciliar crescimento económico com a proteção ambiental”, assinala Adelina Pinto, que acredita que esta cidade portuguesa pode mesmo inspirar outras a abraçarem políticas mais amigas do planeta.

Se vencer a corrida frente à alemã Heilbronn e à austríaca Klagenfurt, Guimarães será a segunda cidade portuguesa premiada com o título de Capital Verde Europeia, depois de Lisboa ter recebido essa distinção em 2020.

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